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Ação do BTG fecha em queda de 3,78% após acusação de vazamento de alterações na Selic

03 out 2019, 17:32 - atualizado em 03 out 2019, 17:32
BTG Pactual
O MPF-SP apura fornecimento de informações sigilosas relacionadas à variação na taxa básica de juros – Selic – após as reuniões do Copom (Imagem: Money Times)

Por Investing.com

O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) e da Polícia Federal realizam um mandado de busca e apreensão na sede do banco BTG Pactual (BPAC11) em São Paulo. Batizada de Estrela Cadente e baseada na delação premiada do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, a operação investiga vazamento de resultados do Comitê de Política Monetária (Copom) entre 2010 e 2012. O vazamento envolveria fundos do BTG. As informações são do jornal O Globo.

Com isso, as ações do BTG fecharam a sessão desta quinta-feira (3) em queda de 3,78%, negociado a R$ 54,15.

A operação Estrela Cadente

O MPF-SP apura fornecimento de informações sigilosas relacionadas à variação na taxa básica de juros – Selic – após as reuniões do Copom. As informações seriam repassadas pela cúpula do Ministério da Fazenda e do Banco Central para um fundo de investimento administrado pelo BTG Pactual, que teria tido ganhos extraordinários com o vazamento.

São investigadas pelos procuradores e policiais possíveis práticas de corrupção passiva, corrupção ativa, informação privilegiada e lavagem de dinheiro.

São investigadas pelos procuradores e policiais possíveis práticas de corrupção passiva, corrupção ativa, informação privilegiada e lavagem de dinheiro.

Em nota, o BTG informou que o fundo Bintang FIM possuía um único cotista pessoa física, um profissional do mercado financeiro que também era o gestor credenciado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), “que nunca foi funcionário do BTG Pactual ou teve qualquer vínculo profissional com o banco ou qualquer de seus sócios”.

O banco afirmou ainda que exerceu apenas o papel de administrador do fundo, sem ter qualquer poder de gestão ou participação nos negócios.

Segunda operação em menos de dois meses

No dia 23 de agosto, o BTG foi alvo de outra operação da Polícia Federal, também baseada no acordo de delação premiada de Antonio Palocci. O objetivo era identificar os beneficiários da planilha “Programa Especial Italiano”, como eram chamadas pelo setor de propinas da construtora Odebrecht as entregas de valores ilícitos a autoridades.

A delação de Palocci já foi homologada pelo ministro do STF Edson Fachin, que fatiou as informações e as enviou para São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba para facilitar medidas investigativas.

Na época, foram cumpridos manados de busca e apreensão na casa de André Esteves, sócio do banco, e também na casa de Maria da Graça Foster, ex-presidente da Petrobras (PETR4) no governo Dilma Rousseff.

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