Comprar ou vender?

Ação de saúde com valuation atrativo é o nome para lucrar na Bolsa, diz Empiricus Research

10 ago 2023, 11:10 - atualizado em 10 ago 2023, 11:10
Ação de saúde
Ação de saúde que passou por forte pressão vendedora está no caminho da recuperação. Confira a recomendação da Empiricus Research. (Imagem: Hapvida/ Youtube)

Uma ação do setor de saúde, que passou por um forte sell-off (pressão vendedora) nos últimos 12 meses e tem valuation atrativo, divulgou resultados animadores no segundo trimestre do ano (2T23) que apontam para a recuperação da companhia, segundo a Empiricus Research.

A Hapvida (HAPV3) é hoje um dos papéis favoritos da casa de análise no setor de saúde, com expectativa de melhora sequencial nos próximos trimestres, puxada principalmente por mais reajustes e iniciativas de verticalização.

“Os números da Hapvida no 2T23 surpreenderam positivamente nossas expectativas e as do mercado, mantendo o ritmo de recuperação iniciado no trimestre anterior”, explica o analista Fernando Ferrer.



Nesta quinta-feira (10), por volta das 10h30 (horário de Brasília), os papéis da empresa disparavam mais de 6% a R$ 5,30 cada.

Conforme o TradeMap, as ações da Hapvida acumulam queda de quase 30% nos últimos 12 meses. No entanto, a companhia viu o seu valor de mercado se recuperar 64% em apenas três meses, para R$ 37,4 bilhões.

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Ação de saúde de volta nos trilhos

A receita líquida consolidada da companhia atingiu R$ 6,8 bilhões no período, alta de 12,4% em relação ao 2T22.

No segmento de planos de saúde, que representa quase a totalidade do faturamento, o crescimento foi de 14,8% na comparação anual, reflexo principalmente do crescente aumento do ticket médio dos contratos (+12,2% vs. 2T22).

Além do bom ritmo de crescimento de ticket médio dos planos, a Hapvida conseguiu melhorar a verticalização do negócio nas consultas e internações.

Segundo Ferrer, essa é uma variável importante para uma redução estrutural da sinistralidade caixa, que foi uma surpresa positiva nesse trimestre.

Historicamente, no segundo trimestre do ano, o indicador cresce entre 2 e 3 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre, devido à sazonalidade negativa ocasionada pelo clima (mais viroses e, consequentemente, maior nível de utilização do plano).

“Contudo, a sinistralidade caixa avançou apenas 1,6 p.p, para 73,9%, melhor do que o esperado pelo mercado“, destaca o analista da Empiricus Research.

Em termos de geração de caixa, a casa também enxerga uma dinâmica positiva.

A companhia registrou um fluxo de caixa livre de R$ 137 milhões no trimestre, impulsionado pela boa geração de caixa operacional (R$ 360 milhões) e menor volume de CAPEX, que deve ser a tendência para o ano.

Logo, já contando com os recursos do follow-on, o indicador dívida líquida sobre o Ebitda da Hapvida passou de 2,3 vezes no 1T23 para 1,6 vez no 2T23.

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