Ação de petroleira tem potencial de saltar 80% e deixar seus concorrentes no chinelo, prevê Inter
O Inter Research iniciou a cobertura das chamadas petroleiras juniores (PRIO3, 3R Petroleum e PetroRecôncavo), ou seja, empresas com produção menor que a Petrobras (PETR3;PETR4), mas que não necessariamente são companhias pequenas.
Mesmo recomendando compra nas três empresas, a corretora enxerga potencial de alta muito maior para a 3RPetroleum, com preço-alvo de R$ 74 (disparada de 82% ante o fechamento da última sexta-feira).
Para a PRIO, o preço-alvo é de R$ 36 (potencial de alta de 30%). Já a PetroRecôncavo (RECV3) ganhou preço-alvo de R$ 35 (potencial de 9%).
Apesar de classificar a 3R como a sua ação favorita (top pick), o analista Rafael Winalda coloca que Prio, por sua vez, é a maior atualmente em termos de produção de barris por dia, com grande expertise em controle de custos e, por isso, também atravessa um bom momento.
Já a PetroReconcavo apresenta o menor upside (potencial de valorização), mas os riscos em sua tese também são menores, “tornando-a, portanto, a mais resiliente entre as três”.
Petróleo em alta
O Inter vê dois fatores que sustentam a valorização do preço do petróleo no curto prazo:
- choques de oferta, como o conflito entre Ucrânia e Rússia e gargalos devido ao Covid-19;
- redução de investimentos no setor – com o avanço da agenda ESG, que equilibram a redução esperada na demanda global;
“Este cenário, em nossa opinião, beneficia diretamente as juniors de O&G, que são mais alavancadas operacionalmente”, coloca.
Por que 3R Petróleum é a favorita?
Para o analista, os números financeiros e operacionais devem saltar a partir do ano que vem, com Ebitda chagando a R$ 4 bilhões em 2023 e R$ 7 bilhões em 2025, ante o R$ 1,1 bilhão desse ano.
“Com isto e considerado os atuais níveis de preço da ação, esperamos uma TIR (taxa interna de retorno) real acima dos 16%, o que reforça nossa recomendação de compra no papel”, diz.
Riscos para a 3R Petróleum
Embora seja a principal escolha entre as demais empresas, é também a companhia que apresenta os maiores riscos, diz o analista.
“Na parte de execução, alcançar as metas de projeção em níveis dos poços provados e prováveis (2P) é crucial para a performance da empresa”, diz.
Outro agravante, segundo o analista, é o fato de não existir um longo track record, “o que nos levou a assumir uma postura mais conservadora, reduzindo em 50% as projeções 2P”.
“Por fim, oscilações no preço do petróleo impactam diretamente nos resultados, lembrando que estas empresas são mais alavancadas operacionalmente, potencializando os riscos de resultados, juros e cambiais”, completa.
Nas últimas semanas, o contrato do petróleo Brend, que chegou a ser negociado a US$ 100 o barril, estava no patamar dos US$ 90 com o impacto da possível recessão mundial.
Prêmio Os + Admirados da Imprensa!
O Money Times é finalista em duas categorias do Prêmio Os + Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças. O site concorre na categoria Canais Digitais e com o jornalista Renan Dantas na categoria Jornalistas Mais Admirados. Deixe seu voto aqui!