Ação da PagSeguro (PAGS34), do grupo Folha, despenca nesta sexta; entenda
As ações da PagSeguro (PAGS; PAGS34) estão afundando quase 15% no início desta tarde. Mesmo que a empresa tenha superado a expectativa de lucro dos analistas, reportando R$ 349,9 milhões para o primeiro trimestre do ano, os números da receita vieram abaixo do consenso.
Isso porque o volume total processado (TPV) da adquirência teve o pior resultado em um ano, embora a empresa tenha destacado evolução em categorias-chave.
Mas o desempenho fortemente negativo da PagSeguro não tem a ver somente com a receita trimestral. Para o investidor estrangeiro, o dado sobre a balança de pagamentos de abril divulgado hoje pelo Banco Central brasileiro também teve sua culpa.
A autoridade monetária informou que as transações correntes do balanço de pagamentos foram deficitárias em US$ 1,7 bilhão em abril de 2023, ante superávit de US$ 100 milhões em abril de 2022. Na comparação interanual, o déficit em renda primária aumentou US$ 1,6 bilhão, o resultado na renda secundária reduziu US$ 361 milhões,
PagSeguro agora é PagBank
Aproveitando-se da divulgação dos resultados trimestrais, a empresa de pagamentos que compõe o Grupo Folha agora se chamará PagBank.
Oficialmente, o nome da empresa do grupo Folha era PagBank PagSeguro, para contemplar suas duas avenidas de negócios, de banco digital e adquirência, respectivamente. Agora, porém, o nome PagSeguro, como a companhia foi fundada, sairá.
“Faz todo o sentido trabalharmos com uma marca única”, disse Alexandre Magnani, presidente da companhia, à Reuters.
“Nós simplificamos o entendimento do cliente e ganhamos eficiência nos nossos investimentos em marketing. Também ajuda a chamar mais atenção para os nossos serviços financeiros.”
O anúncio do novo nome veio junto com a divulgação de que o negócio de banco digital atingiu o breakeven (quando os ganhos se igualam aos custos) pela primeira vez, com Ebitda ajustado de 69 milhões de reais.