Ação da Yduqs (YDUQ3) avança mais de 7% após aquisição de faculdade de medicina no Maranhão
As ações da Yduqs (YDUQ3) operaram em forte alta nesta segunda-feira (9) e se destacaram na liderança da ponta positiva do Ibovespa (IBOV), em reação à compra da Edufor, faculdade de medicina localizada no Maranhão.
YDUQ3 terminou o dia com avanço de 2,65%, a R$ 8,51. Na máxima intradia, os papéis chegaram a subir 7,12% (R$ 8,88). Acompanhe o Tempo Real.
Segundo a companhia, a Edufor foi adquirida por R$ 145 milhões, sendo R$ 72,5 milhões foram pagos à vista. O pagamento do restante, de R$ 72,5 milhões, ocorrerá em cinco parcelas anuais, corrigidas pelo IPCA acumulado.
A aquisição também inclui uma cláusula de earn-out (mecanismo contratual que prevê pagamentos adicionais vinculado a resultados futuros) relacionada às possíveis vagas adicionais de medicina no valor de R$ 1 milhão por eventual nova vaga autorizada pelo MEC (Ministério da Educação) até 2027.
Com a aquisição, a Yduqs acrescentou 118 vagas de medicina e 2,8 mil alunos presenciais em seu portfólio.
Essa é o segundo negócio da companhia educacional, com foco em medicina, em menos de um ano. Em maio, a empresa anunciou a aquisição do Instituto Cultural Newton, que é mantenedora do Centro Cultural Newton Paiva, por R$ 49 milhões. A fusão foi concluída em novembro.
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O que dizem os analistas?
Na avaliação do Itaú BBA, a compra da Edufor reforça o posicionamento da Yduqs em cursos de medicina, com aumento de mais de 100 vagas “que devem amadurecer nos próximos anos”. Nas contas dos analistas, a aquisição tem um valuation “barato”.
O banco manteve a recomendação de compra para YDUQ3, com preço-alvo de R$ 20 — o que representa um potencial de valorização de 141,2% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (6).
O Goldman Sachs também avalia o negócio como positivo. “Apesar das questões que temos sobre o poder de precificação estrutural de médio a longo prazo dos cursos de medicina, a transação anunciada, que já foi concluída, melhora ainda mais o mix da empresa em direção a uma lucratividade ainda melhor do que a média e maior crescimento previsível”, escreveram os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira, que assinam o relatório.
Contudo, a aquisição não deve ser “transformacional” para a companhia. “Notamos que a aquisição parece relativamente pequena”, afirmam os analistas.
Por outro lado, eles consideram que o valor da transação não implica grandes mudanças no nível de endividamento (alavancagem) da companhia de curto prazo ou na geração de fluxo de caixa.
*Com Lorena Matos