Ação da Wilson Sons salta 6% em estreia no Novo Mercado
Os papéis da Wilson Sons (PORT3) fecharam em forte alta em sua estreia no Novo Mercado, segmento de mais alta governança corporativa da B3. As ações saltaram 5,89%, a R$ 70,95.
A listagem ocorre após uma reestruturação em que a antiga Wilson Sons Limited (WSL) foi incorporada pela sua controlada, Wilson Sons Holdings Brasil S/A (WS S/A), visando simplificar e otimizar a estrutura societária da companhia, aumentar a liquidez das ações e ampliar o acesso ao mercado de capitais.
Uma das empresas mais antigas em atividade no Brasil – fundada há 184 anos em Salvador– a Wilson Sons é a maior operadora integrada de logística portuária e marítima do país
A reestruturação foi aprovada em 22 de setembro pelo Conselho de Administração da WSL, pelas autoridades regulatórias, e finalmente pelos acionistas de ambas empresas em 22 de outubro.
A presença da Wilson Sons na bolsa brasileira ocorria, antes, por meio de Certificados de Depósito de Ações (BDRs) patrocinados pela WSL. Com a aprovação da operação, todos os acionistas e titulares de BDRs da WSL receberam ações da WS S/A, listadas no Novo Mercado da B3, na mesma proporção.
Segundo o CEO da Wilson Sons, em conversa exclusiva com o Money Times, as expectativas são grandes, mas centradas no longo prazo.
“Nós estamos fazendo a estreia no Novo Mercado, mas é um movimento não estrutural, de uma companhia que tem comprometimento de longo prazo. O momento é conturbado, mas isso nos preocupa menos. A nossa expectativa é de correção de valor. O preço da nossa ação não reflete o valor intrínseco dos ativos da empresa”, afirma.
Ainda segundo o CEO, o setor de infraestrutura carece de alternativas sólidas, com boas perspectivas de crescimento.
“A empresa tem um histórico de 184 anos, com uma capacidade de se adaptar e se reinventar. Queremos ampliar a nossa base. Por mais que seja um momento conturbado, nós enxergamos a popularização do mercado de capitais”, completa.
A empresa
A Wilson Sons figura entre o 3º e 4º maior operador portuário de contêineres no Brasil e é o maior operador de serviços de rebocagem portuária, com a frota mais de 80 rebocadores.
Nos seis primeiros meses do ano, a empresa somou R$ 1,017 bilhão em receitas, alta de 19% ante 2020. O Ebitda, que mede o resultado operacional, ficou em R$ 450 milhões, elevação de 35%.