Ação da WEG já rendeu tudo o que podia, e é melhor esquecê-la até o fim de 2021
A XP Investimentos atualizou suas estimativas sobre a WEG (WEGE3), incorporando no modelo os resultados do segundo trimestre do ano, um real mais depreciado e as novas premissas de custo de capital.
A analista Bruna Pezzin reconheceu a evolução da companhia, bem como sua resistência em meio à pandemia de covid-19. A diversificação geográfica da WEG, somada à atuação em diferentes segmentos, serviu como uma proteção para a empresa contra o cenário desafiador.
“A estrutura de capital robusta, em conjunto com a visão estratégica de longo-prazo, não só forneceu segurança adicional nesse período, mas também permitiu que a companhia conduzisse aquisições estratégicas [como a Mvisia e a BirminD], reforçando seu posicionamento em automação e Indústria 4.0″, acrescentou.
Apesar dos bons fundamentos da tese, a XP manteve a recomendação neutra do papel, com um novo preço-alvo de R$ 68,90, por acreditar que o nível atual de preço já reflete os resultados, a resiliência do modelo de negócio e o alto nível de execução da empresa.
“A WEG vem reforçando nos últimos trimestres seu alto nível de execução, o que em parte justifica um prêmio em relação aos pares. Vemos as ações negociando a cerca de 57 vezes o P/L (preço sobre lucro) de 2021 e aproximadamente 52 vezes o P/L de 2022, o que consiste em um prêmio considerável em relação a algumas das principais pares internacionais, e que em nossa visão já reflete os fatores mencionados”, explicou Pezzin.