Ação da Via Varejo pode subir mais 80% e retornar ao nível pré-coronavírus, alertam analistas
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As ações da Via Varejo (VVAR3) têm força para continuar a sua recuperação e reconquistar o nível dos R$ 16, pico atingido antes dos efeitos da pandemia do coronavírus, alertam analistas. Os papéis negociam hoje a R$ 8,80. A diferença representa uma valorização de aproximadamente 80%.
“Três meses se passaram e a empresa está em uma forma muito mais forte do que muitos investidores esperavam, com o canal de comércio eletrônico crescendo e as lojas gerando receita por meio de vendas remotas”, explicam Richard Cathcart e Flávia Meirelles, do Bradesco BBI.
Segundo eles, que recentemente ampliaram o preço-alvo para os ativos da dona do Ponto Frio e da Casas Bahia de R$ 9 para R$ 11, dependendo das condições de mercado, o valor de R$ 16 pode ser alcançado.
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“A retomada no comércio eletrônico da Via Varejo está a todo vapor, provavelmente aumentando a confiança dos acionistas”, ressalta Ruben Couto, do Santander. Ele calcula um preço-alvo de R$ 13 e também recomenda a compra das ações.
Em abril, a Via Varejo alcançou 70% da meta de vendas planejada antes da crise, com o forte desempenho no comércio eletrônico e iniciativa de vendas assistidas, juntamente com a reabertura de 220 lojas. “As lojas abertas estão mostrando vendas nos níveis pré-crise”, indica Couto.
“Vemos um potencial de valorização adicional proveniente de menor prêmio de risco, ganhos de participação no mercado de comércio eletrônico e maior lucratividade”, destacam Cathcart e Meirelles.
A Via Varejo apresentou um lucro líquido de R$ 13 milhões no primeiro trimestre de 2020, em contrapartida ao prejuízo de R$ 50 milhões visto um ano antes.