Ação da Vale trará mais surpresas positivas em 2020, avalia Itaú BBA
A ação da Vale (VALE3) é uma exceção no mercado brasileiro em 2020. Enquanto os analistas correm para revisar para baixo as estimativas para o ano, tendo em vista a pandemia do coronavírus, a mineradora está em uma posição diametralmente oposta.
O analista Daniel Sasson, do Itaú BBA, elevou nesta segunda-feira (11) a sua projeção para o preço-alvo da Vale, de R$ 60 para R$ 63, o que indica um potencial de valorização de aproximadamente 32%. A recomendação foi mantida em outperform, o mesmo que compra.
“Há importantes catalisadores internos para a ação, como a retomada da política de distribuição de dividendos da empresa no segundo semestre de 2020, a assinatura de um acordo de indenização coletiva por danos à Brumadinho e o reinício de Samarco”, ressalta.
Após apresentar um início de ano desafiador, com atrasos inesperados para reiniciar as operações em Timbopeba, Fábrica e Brucutu e paradas temporárias como consequência do coronavírus, a empresa tende a se recuperar com um câmbio mais favorável e preços do minério de ferro mais elevados.
O BBA vê a commodity negociada, na média, a US$ 80 por tonelada, ante a visão anterior de US$ 75.
“Uma dinâmica de oferta e demanda relativamente balanceada de minério de ferro poderia suportar os preços no curto prazo”, aponta.
Para o carvão, contudo, os números podem ser mais afetados. Os fechamentos por conta do coronavírus impediram a empresa de implementar a manutenção programada e afetaram as vendas para seu principal cliente, a Índia.
Por outro lado, Sasson prevê um forte fluxo de caixa livre em 2020.