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Ação da Vale já deixou Brumadinho para trás

20 set 2019, 17:16 - atualizado em 20 set 2019, 17:16
Analista afirma que o endividamento da Vale “segue muito controlado” (Imagem: REUTERS/Washington Alves)

A Planner elevou de R$ 56 para R$ 62,50 o preço-justo por ação da Vale (VALE3), de acordo com o relatório divulgado nesta sexta-feira (20). Apesar do balanço e das ações da mineradora terem sofrido severamente com o acidente ocorrido em Brumadinho, a corretora espera pela recuperação dos papéis da empresa, mantendo sua recomendação de compra.

“As vendas de minério de ferro e pelotas projetadas pela Vale para este ano têm um ponto médio em 319,5 milhões de toneladas (estimamos 315,2 milhões), 12,6% menores que em 2018. Porém, devem crescer 8,0% em 2020”, estima Luiz Francisco Caetano, analista da Planner.

Outro aspecto positivo destacado por Caetano é a elevação dos preços do minério devido à redução na oferta da Vale.

“O aumento no ano já chega a 35,7%, o que ajudou a mitigar a perda de volume no primeiro semestre”, explica o analista.

O rompimento da Barragem I da Mina do Córrego do Feijão trouxe um grande impacto financeiro para a companhia. Além do valor a ser gasto para reparar os danos, várias minas foram fechadas, o que compromete as vendas e o fluxo de caixa.

“As provisões já somaram US$ 6 bilhões no primeiro semestre, sendo US$ 4,5 bilhões provisionados no balanço do primeiro trimestre de 2019 e mais US$ 1,5 bilhão no segundo”, conta Caetano.

Mesmo assim, Caetano afirma que o endividamento da Vale “segue muito controlado”. No fim do segundo trimestre, a dívida líquida total foi 12,8% menor do que o trimestre anterior.