Ação da Vale é pechincha contra australianas e dividendos podem surgir em 2020, diz Credit Suisse
O Credit Suisse acredita que a ação da Vale (VALE3) está barata atualmente, seja em relação aos papeis da Rio Tinto e da BHP Billiton, maiores concorrentes no setor de mineração, seja com base na média histórica do papel.
“As ações da Vale tem projeção de múltiplo 3,5 vezes o EV/Ebitda (valor de mercado sobre geração operacional de caixa) para 2019, muito atrás das concorrentes australianas dentro do intervalo de 4,5 vezes a 5 vezes e com desconto significativo às suas média histórica de 6 vezes”, destacam os analistas Caio Ribeiro e Rafael Cunha.
A recomendação para os ADRs (American Depositary Recepits) é outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de US$ 16,00 – upside (potencial de alta) de 46,7% conforme o último fechamento.
“Também acreditamos que um dividend yield (projeção de pagamento de dividendos sobre estimativa de preço da ação) de 9% em 2020 é alcançável”, completa o Credit Suisse.
Destaques
Em encontro realizado com o CFO (Chief Financial Officer) Luciano Siani, os analistas listam os seguintes pontos como destaque: maior transparência em relação aos esforços da Vale diante da tragédia de Brumadinho; expectativa mais positiva do prêmio do minério de ferro e manutenção da estratégia de volumes e conservação do capital, “com fortes prognósticos de geração de caixa”.
Especificamente na alocação dos recursos financeiros da companhia, Siani destacou que em 2019 o pagamento de dividendos deverá seguir a lei de distribuição mínima de 25% do lucro líquido ajustado para o período.
Por fim, o Credit Suisse destaca positivamente o maior cuidado da mineradora na emissão de CO2 e os créditos decorrentes da sustentabilidade, podendo adicionar até 10% no Ebitda (geração operacional de caixa).