Ação da Unidas está barata (e pelos motivos certos)
Após o tombo do Ibovespa nesta semana, dizer que a bolsa brasileira está barata é mais um demérito, que um mérito, devido à pressão da pandemia do coronavírus e da guerra do petróleo, travada entre árabes e russos. Por isso, ações que se tornaram atraentes pelos motivos certos merecem destaque. É o caso da Unidas (LCAM3).
Para Renato Mimica e Lucas Marquiori, que assinam um relatório do BTG Pactual sobre o assunto, os múltiplos com que as ações da Unidas são negociadas ainda não capturaram todo o potencial da empresa, refletida nos números trimestrais divulgados há pouco.
É verdade que os números vieram um pouco abaixo do esperado pelo banco, mas não o suficiente para desagradarem. A receita gerada pela terceirização de frotas e locação de veículos (RAC) apresentou outro trimestre de forte avanço (43%).
O volume de locações avançou ainda mais (57%), mas foi compensada, em parte, pela queda média de 8% no valor das tarifas.
Seminovos
O segmento de revenda de veículos seminovos cresceu 51%. O BTG Pactual observa que o estoque de seminovos encerrou dezembro com aumento de 0,9 pontos percentuais sobre o quarto trimestre do ano retrasado, chegando a 8,6% do total da frota da Unidas.
Ainda assim, o percentual é menor que os 10,1% registrados no terceiro trimestre.
O mais importante para os investidores, contudo, é que a os papéis da Unidas estão baratos e são negociados agora a 16 vezes a relação Preço/Lucro previsto para 2020. Os analistas ressaltam que o múltiplo ainda não reflete a recente dinâmica de “sólido crescimento e melhoria na execução”.
Veja o balanço do quarto trimestre da Unidas.