Ação da Ultrapar merece o benefício da dúvida, diz UBS
O UBS cortou o preço-alvo para as ações da Ultrapar (UGPA3) de R$ 88 para R$ 86, mas manteve a recomendação de compra para “dar o benefício da dúvida” para a empresa, explicam Luiz Carvalho e Julia Ozenda, que assinam a análise.
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“Dado o histórico confiável da empresa, nós damos parcialmente o benefício da dúvida ao guidance de EBITDA da administração”, dizem.
O banco ressalta que, apesar do fraco desempenho da Ipiranga no segundo trimestre ter afetado o Ebitda, a companhia reiterou a projeção de crescimento de 10% para o ano, o que implicaria em um avanço de aproximadamente 27% no segundo semestre.
“Inicialmente pensamos que isso poderia estar muito esticado, mas depois de falar com as concorrentes de distribuição de combustível (e em linha com as indicações da empresa no primeiro trimestre), devemos ver um aumento nos volumes no segundo semestre de 2017”, ressaltam os analistas.
Outro fato que pode a beneficiar é a mudança da política de preços da Petrobras, o que deixou os proprietários de postos de gasolina com menor espaço para negociar os preços com distribuidores, o que significa um aumento estrutural em margens.
Sobre a indicação de que o Cade barre o negócio da Liquigás, da estatal, com a Ultrapar, do Grupo Ultra, o UBS acredita que a aprovação não será fácil. “Acreditávamos que a Alesat era um caso mais fácil e não foi aprovado. Só vamos incorporar a Liquigás em nosso modelo quando e se ela for aprovada”, destaca o banco em outro relatório.