Ação da Stone chega à mínima histórica
As ações da Stone (STNE) negociadas na Nasdaq chegaram à mínima histórica de US$ 15,75 nesta segunda-feira (29), após o BTG Pactual se juntar ao grupo de bancos que revisaram para baixo as estimativas para a empresa.
A companhia de maquininhas de cartão, que abriu capital em outubro de 2018, chega ao mais baixo patamar na bolsa menos de um ano após a sua máxima histórica.
Em 17 de fevereiro deste ano, os papéis STNE bateram US$ 95,12, a queda desde então é de mais de 80%.
Para o BTG, vai levar tempo para a empresa de pagamentos brasileira retomar a confiança do mercado. “A Stone fez más escolhas e teve também um tanto de azar”, disse o banco em relatório recente.
Os analistas da instituição rebaixaram sua recomendação de compra para neutra e cortaram o preço-alvo da Stone de US$ 66 para US$ 22 nos próximos 12 meses.
Os investidores estão desconfiados com a Stone ao menos desde o início deste ano, quando a fintech inglesa de crédito Greensill quebrou, levantando o alerta sobre os modelos de concessão de empréstimos de empresas financeiras.
Mais recentemente, a empresa voltou a assustar o mercado com a interrupção das concessões após um salto na inadimplência e não deixou claro quando vai voltar a emprestar dinheiro.
Stone com balanço ruim
No balanço do terceiro trimestre, a Stone apresentou lucro líquido ajustado de R$ 132,7 milhões, uma queda de 53,9% sobre o resultado de um ano antes.
Analistas, em média esperavam lucro líquido de R$ 193 milhões para a Stone no período, segundo os dados da Refinitiv, da Reuters.
Com os números, o Bank of America (BofA) reiterou a sua visão neutra para as ações negociadas na Nasdaq, com preço-alvo de US$ 59.
“A administração não apresentou sinergia de receita ou de custo com a aquisição da Linx, mas mencionou que melhorou as operações de crédito e deve iniciar os testes do produto no quarto trimestre de 2021 ou no primeiro de 2022”, escreveram os analistas do banco.