Ação da SLC é a melhor opção para aproveitar boom dos preços das commodities agrícolas
O BTG Pactual (BPAC11) atualizou o modelo de investimento da SLC Agrícola (SLCE3), revisando para cima as estimativas para refletir a alta dos preços das commodities.
Em relatório divulgado nesta segunda-feira, Thiago Duarte e Pedro Soares, analistas do banco, reforçaram a compra do papel da companhia, com novo preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 51 (potencial de valorização de 37%).
Para o BTG, a SLC é uma das poucas e melhores maneiras de aproveitar o boom recente dos preços das commodities agrícolas. O banco acredita que os produtores de grãos e algodão estão a um passo de ver as margens atingindo novos níveis.
“Os preços da soja subiram 97% nos últimos 12 meses em termos reais. O milho subiu 83%. E o algodão expandiu 55%”, destacaram Duarte e Soares. Mesmo sabendo que a SLC não vai capturar totalmente os preços spot em 2021, os analistas aumentaram as projeções do Ebitda em 23% para este ano e 59% em 2021 (para R$ 1,2 bilhão e R$ 1,7 bilhão, respectivamente).
Aquisição da Terra Santa
A SLC, que é a top pick do BTG no setor de agronegócio, deve se tornar a maior produtora de commodities leves do Brasil com base em área plantada assim que o acordo para a aquisição da Terra Santa (TESA3) for concluído.
A SLC divulgou no fim do ano passado a assinatura de um memorando de entendimento para assumir todas as operações da Terra Santa em uma transação avaliada em R$ 550 milhões. O Conselho Administrativa de Defesa Econômica (Cade) aprovou o acordo sem restrições.
O BTG estima que o acordo adiciona R$ 5/ação para o valor da SLC. A transação também transforma a companhia no maior player de grãos e algodão no Brasil, com aproximadamente 600 mil hectares de área plantada por ano.
Com a aquisição da Terra Santa, a SLC vai aproveitar uma fase de grande crescimento, já que terá uma das áreas de grãos e algodão mais promissoras do país em termos de retorno por hectare. Espera-se que a alavancagem permaneça baixa, enquanto a geração de fluxo de caixa livre deve vir forte (rendimento estimado de 10% em 2022).
“A SLC possui um histórico favorável de distribuição de proventos a acionistas, o que sugere que o fluxo de dividendos também será forte”, acrescentaram Duarte e Soares.