Ação da São Martinho pode subir 23,5% com cenário “doce” para açúcar e etanol
A São Martinho (SMTO3) pode destravar ganhos preciosos no decorrer deste ano, à medida que perspectivas jogam ao seu favor. Tanto o açúcar quanto o etanol, os principais produtos da
companhia, têm momentos positivos no mercado, chamando a atenção de analistas da Planner.
“A demanda por açúcar continua forte e os preços estão remuneradores. E o consumo do etanol segue retomada gradual, assim como os preços médios de realização, impulsionada pela alta do petróleo“, pontua o analista Victor Martins, que assina o relatório.
Para Martins, a maior atratividade da produção de açúcar em relação ao etanol permanece. A condição segue sustentada pelo diferencial de preços e maior rentabilidade do açúcar.
A valorização do dólar fornece um atrativo a mais para a exportação, aumento de receita, de Ebtida (lucro antes de impostos e amortizações) e das margens operacionais.
Ao longo da safra 2020/21 a São Martinho processou 22,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 0,5% abaixo das 22,6 milhões de toneladas da safra anterior.
“A leve queda pode ser explicada, principalmente, pela redução de 2,7% no processamento da cana de terceiros e um clima mais seco observado no período. Na base de e comparação a produção de açúcar cresceu 34,1% com queda de 13,1% na produção de etanol”, comenta.
Outro ponto importante, citado pelo analista, e que deve contribuir para a continuidade da geração de caixa da São Martinho, será a implantação de uma unidade produtora de etanol a partir do processamento de milho, no município de Quirinópolis, em Goiás.
O investimento estimado é de R$ 640 milhões, com início da operação previsto para novembro de 2022, com 50% da capacidade na safra 2022/23 e 100% a partir da safra 2023/24 (330 dias de operação por ano).
Com a revisão de premissas, a Planner chegou ao preço-alvo de R$ 37 por ação, implicando em uma valorização 23,5% em 12 meses para os papéis da São Martinho.