Ação da Santos Brasil pode subir quase 90%, puxada pela reabertura do comércio mundial

O BTG Pactual (BPAC11) enxerga o último resultado operacional da Santos Brasil (STBP3) como um reflexo do atual momento positivo para a indústria, e antevê uma alta forte para o mercado no curto prazo. Segundo os analistas do banco, o preço-alvo para os papéis da companhia é de R$ 11, com alta potencial de 89,65%, ante o preço atual de R$ 5,8. 

A empresa registrou lucro líquido de R$ 67 milhões, ante prejuízo de R$ 5 milhões no ano passado, e acima da expectativa de R$ 61 milhões dos analistas. A receita líquida foi de R$ 397 milhões, alta de 80% no ano, mas em linha com os valores calculados. Já o ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 152 milhões, equivalente a um incremento de 206% no ano. 

Destaques do resultado

O BTG destacou, como os principais motivos para a melhora da receita da companhia, os 26% de crescimento anual nos volumes dos terminais portuários; os 54% de crescimento de volume no armazenamento de contêiner e o aumento no volume dos terminais de veículos em 42 mil unidades, ante 38 mil unidades em 2020.

Já o ebitda foi impulsionado por uma forte melhoria nos terminais portuários; uma melhoria nas operações logísticas; e o crescimento em terminais de veículos, segundo a análise. Nesse sentido, o banco espera que “as perspectivas de curto prazo para a indústria portuária permaneçam sólidas durante todo o ano graças à recuperação do comércio nos principais mercados”. 

Os analistas da Ágora Investimentos também avaliam que o resultado do terceiro trimestre mostra que a Santos Brasil pode continuar apresentando um sólido crescimento de ebitda. E esse cenário é calculado “apesar das preocupações do mercado com a desaceleração econômica no Brasil e com a interrupção da cadeia de suprimentos global”.

O relatório manteve a recomendação de compra para a ação da companhia de operação de contêineres e logística. Contudo, o preço-alvo da ação foi reduzido a R$ 13, frente aos R14 anteriores, devido à maior taxa de desconto.