BusinessTimes

Ação da Sabesp despenca após Doria falar em capitalização da empresa

19 ago 2020, 15:36 - atualizado em 19 ago 2020, 15:36
Sabesp SBSP3
Por volta de 15:05, os papéis caíam 5,98%, a 52,23 reais, entre as maiores quedas do Ibovespa (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

As ações da Sabesp (SBSP3) chegaram a recuar quase 11% nesta quarta-feira, após o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB) falar sobre capitalização da companhia paulista de água e saneamento, trazendo dúvidas sobre uma esperada privatização da empresa.

Por volta de 15:05, os papéis caíam 5,98%, a 52,23 reais, entre as maiores quedas do Ibovespa, que cedia 0,36%. No pior momento, as ações da companhia chegaram a 49,60 reais.

“A decisão do governo de São Paulo…é de fazer a capitalização da Sabesp”, afirmou Doria em evento online do Santander (SANB11) na manhã desta quarta-feira. O governador acrescentou que a empresa também começará neste mês a prestar serviço a outros Estados.

“A Sabesp vai disputar concessões na área de saneamento, distribuição de água e tratamento de água e também do lixo”, disse o governador, emendando que a empresa terá crescimento “exponencial” e que um amplo programa de capitalização será anunciado em breve.

Na visão da analista Caroline Ribeiro, do Credit Suisse, a notícia é negativa porque o mercado esperava uma privatização. “No entanto, uma parceria ou um follow on ainda pode ser bom”, afirmou, ponderando que ainda são necessários mais detalhes sobre a capitalização, bem como sua confirmação.

A expectativa em torno da privatização da Sabesp ganhou fôlego após aprovação do novo marco regulatório do saneamento básico no país, que, entre outras mudanças, abriu caminho para o aumento da presença da iniciativa privada sobre o setor que hoje depende praticamente de entes estatais.

Para o analista Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, a reação do mercado é compreensível, mas ele avaliou que é correta a postura do governador em não seguir, por ora, com os planos de privatização e promover a capitalização da companhia.

Ele vê a decisão como correta dada a “impossibilidade de se avançar a uma privatização mediante assimetria política e a necessidade de promover o aumento do vigor econômico da empresa, que precisará não só competir pelos contratos que já tem como também buscar soluções além do escopo onde já atua atualmente”.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar