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Ação da Rumo (RAIL3) opera na ‘corda-bamba’ após rebaixamento do Goldman Sachs

15 jan 2025, 14:21 - atualizado em 15 jan 2025, 18:33
Rumo RAIL3
Os papéis iniciaram o pregão como a única queda do Ibovespa, em dia de forte apetite ao risco; Goldman Sachs apontou três fatores que motivaram a revisão negativa (Imagem: Divulgação/Rumo)

As ações da Rumo (RAIL3) começaram o pregão desta quarta-feira (15) como as únicas quedas do Ibovespa (IBOV) e desde a abertura das negociações operam voláteis. 

Nos primeiros minutos do pregão, os papéis caíram 2,61%, a R$ 16,81, e atingiram a mínima do dia. Depois pegaram ‘carona’ no apetite ao risco, que impulsionou o principal índice da bolsa brasileira, RAIL3 encerrou com alta de 0,52%, a R$ 17,35.  



A forte volatilidade deve-se à revisão das estimativas do Goldman Sachs sobre o grupo de logística ferroviária. 

O banco rebaixou a recomendação das ações da Rumo de compra para neutro e  cortou o preço-alvo para R$ 20,50 — o que ainda representa um potencial de valorização de 18,8% sobre o preço de fechamento da última terça-feira (14). 

Para os analistas do banco, os papéis RAIL3 apresentam uma perda de “momentum” e uma relação de risco e retorno “balanceada”.

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O que motivou o rebaixamento de Rumo? 

A combinação de três fatores motivaram o rebaixamento da recomendação pelo Goldman Sachs. 

O primeiro é a expectativa de desaceleração no crescimento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 2025. A projeção do banco é de alta de 5%, de aproximadamente R$ 8,1 bilhões, neste ano — ante cerca de 25% em 2023 e de 36% em 2024. 

Isso porque o início tardio do plantio da soja, o plantio concentrado em outubro e uma curva de comercialização da commodity, que só recentemente começou a melhorar, pode resultar em volumes limitados para a Rumo transportar no curto prazo — especialmente em janeiro e fevereiro.

Além disso, os analistas destacam que a companhia está entrando em 2025 com um nível menor de volumes contratados em relação a 2024, o que, em um cenário de volumes mais fracos no Mato Grosso no primeiro trimestre, pode implicar poder de precificação limitado para os caminhoneiros e, consequentemente, para a Rumo.

O segundo motivo é a visão de que há um espaço limitado para revisões para cima nas estimativas do consenso.

Já o terceiro fator é o valuation da companhia, que parece “equilibrado” sob o cenário de taxas de juros elevadas no Brasil, segundo os analistas. 

Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.