Ação da Rumo pode saltar 48%, se Brasil passar no teste de Biden em cúpula do clima
Se o Brasil passar no primeiro teste preparado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, empossado no último dia 22, as ações da Rumo (RAIL3) terão tudo para se dar bem. A avaliação é da Ágora Investimentos, em um breve comentário assinado por Victor Mizusaki e Ricardo França.
Nesta semana, Biden convocou, para abril, uma cúpula sobre o clima. O encontro já é considerado a primeira grande prova imposta pelo democrata ao governo de Jair Bolsonaro, francamente contrário às bandeiras ambientalistas.
Para não haver dúvidas sobre as expectativas do novo governo americano, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que o Brasil será um “parceiro fundamental” de Biden no evento.
Chance de ouro
Os analistas da Ágora consideraram a notícia como positiva, e sublinharam que “o papel do Brasil nesta cúpula pode melhorar a imagem do país internacionalmente e evitar proibições às suas exportações agrícolas relacionadas a questões ambientais.”
A Rumo pode ser uma das empresas diretamente beneficiadas com a normalização das relações bilaterais e o afastamento de possíveis sanções internacionais pelo acelerado desmatamento da Amazônia. Isto porque, a empresa opera os principais corredores de escoamento da safra agrícola brasileira para os portos de onde é exportada.
Por ora, a Ágora mantém a recomendação de compra para as ações da Rumo, com preço-alvo de R$ 31. A cifra representa um potencial de alta de 48,2% sobre os R$ 20,92 com que o papel fechou nesta quinta-feira (28).