Ação da Rede D’Or (RDOR3) sobe após Bradesco BBI elevar recomendação para compra
As ações da Rede D’Or (RDOR3) operam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta quinta-feira (23).
Por volta de 11h20 (horário de Brasília), os papéis da rede de hospitais registraram avanço de 1,08%. Nos primeiros minutos de negociações, RDOR3 subiu quase 3%. Acompanhe o Tempo real
O movimento de alta acontece após o Bradesco BBI elevar a recomendação das ações para compra.
O banco também revisou o preço-alvo de R$ 36 para R$ 34 — o que representa um potencial de valorização de 22,8% sobre o preço de fechamento da última quarta-feira (22).
Os analistas Marcio Osako e José Rosalen, que assinam o relatório, avaliam que Rede D’Or é uma preferência “relativa”, no setor de saúde, por conta de seu momento positivo e qualidade — mesmo em um cenário de fraco crescimento das receitas e de taxas de juros mais elevadas.
Na visão dos analistas, os lucros sólidos da companhia podem ser um dos motivos para a valorização das ações.
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Além de Rede D’Or: Hapvida e Viveo na mira do Bradesco BBI
Na revisão das estimativas do setor, o Bradesco BBI também reiterou a recomendação de compra para as ações de Hapvida (HAPV3).
O banco, porém, cortou o preço-alvo de R$ 5,50 para R$ 3,80 — o que representa um potencial de valorização de 64,5% sobre o preço de fechamento da véspera (22).
O Bradesco BBI também rebaixou a recomendação dos papéis de Viveo (VVEO3) para neutro e reduziu o preço-alvo de R$ 4,50 para R$ 3,10 — o que, ainda assim, representa um potencial de alta de 70,3% na comparação com o fechamento anterior.
Segundo os analistas, a Viveo tem apresentado uma fraca dinâmica de lucros, com a expectativa de um lucro por ação (LPA) negativo em 2025 e alto nível de endividamento da companhia.
O que esperar do setor de saúde em 2025
Os analistas do banco estão pessimistas com o setor de saúde brasileiro para este ano, mesmo com o baixo desempenho do Ibovespa em 2024 — com exceção de Odontoprev (ODPV3).
Eles justificam a visão neutra com base na falta de valuations atrativos e de visibilidade sobre os lucros.
“Acreditamos que a dinâmica dos lucros do setor para 2025 provavelmente permanecerá desafiadora devido ao fraco crescimento da receita e às taxas de juros mais altas”, escreveram os analistas Marcio Osako e José Rosalen.
O Bradesco BBI estima a Selic em 14,7%, em média, em 2025 ante 11% no ano passado e, com isso, o maior custo de capital das companhias.
Nas contas do banco, o crescimento no número de beneficiários deve desacelerar de 1,7% em 2024 para 1% neste ano.
Os hospitais e as clínicas, por sua vez, devem continuar focados no controle de custos, “o que não é um bom presságio para os planos de saúde”.