Ação da Petz ficou cara. Ainda vale a pena comprar?
Desde o anúncio da aquisição da ZeeDog, as ações da Petz (PETZ3) subiram mais de 18% na Bolsa. O papel da varejista de produtos e serviços para pets fechou o pregão desta sexta-feira cotada a R$ 27,91 – um preço salgado, na opinião dos analistas.
Segundo o BTG Pactual (BPAC11), a ação é negociada a 68 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2022. Apesar do valuation caro, o banco seguiu com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 20, pois vê para a companhia oportunidades de crescimento atraentes à frente.
Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Victor Rogatis e Luiz Temporini, autores do relatório divulgado pelo banco na semana passada, afirmaram que os resultados que a Petz vem entregando desde a sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) só reforçam a visão de que dá para ficar otimista com a empresa.
Oportunidades “boas pra cachorro”
O BTG comentou que a Petz está exposta a um mercado que está crescendo rápido e ainda é bastante fragmentado no Brasil. Vale lembrar que a Petz, mesmo sendo uma gigante no segmento em que atua, possui apenas 6% de participação de mercado.
A varejista também está investindo pesado em seus canais digitais, o que a torna mais competitiva em relação aos players regionais e aos marketplaces horizontais.
O Bank of America continua enxergando uma oportunidade excepcional para a Petz. Além da compra da Zee.Dog, que deve trazer sinergia, a companhia se aproveita de um cenário positivo, caracterizado pelo maior número de pessoas com pets, humanização dos animais de estimação, digitalização e maturação de novas lojas.
O Bank of America, que seguiu com a indicação de compra e o preço-alvo de R$ 31 para a varejista, ainda vê oportunidades consideráveis quanto a transformar as clínicas e os hospitais veterinários da marca Seres em uma rede de afiliados muito maior.
A Genial Investimentos reforçou o tom otimista sobre a empresa. Mesmo com o preço atual da ação, a corretora manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 29.
A Petz viu seu lucro líquido mais que dobrar durante o segundo trimestre deste ano, de R$ 10,3 milhões no mesmo período de 2020 para R$ 21,6 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado cresceu 50% no comparativo anual, chegando a R$ 56,2 milhões.
A Petz encerrou junho com 143 unidades espalhadas pelo país, com sete inaugurações somente no segundo trimestre.