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Ação da Petrobras reforça a tese de que “menos é mais”

22 jul 2020, 15:19 - atualizado em 22 jul 2020, 15:32
Petrobras
Ponto nevrálgico: política de preços das refinarias gera constantes atritos entre a Petrobras e o governo  (Imagem: Facebook/Petrobras)

Os resultados operacionais do segundo trimestre divulgados pela Petrobras (PETR3; PETR4) foram bem recebidos pelo UBS, apesar de ficarem ligeiramente abaixo das suas estimativas. Mas, para o banco suíço, a verdadeira fonte de valor da petrolífera é a reestruturação em curso, com a venda de ativos não estratégicos e a redução do endividamento.

“Ainda há uma multidão de incertezas em 2020, mas cremos que a Petrobras é uma empresa diferente de quatro ou cinco anos atrás, com uma estrutura de baixo custo, alocação mais inteligente de capital e uma estratégia guiada pelo valor”, afirmam Luiz Carvalho e Gabriel Barra, que assinam o relatório obtido pelo Money Times.

Por isso, o banco continua confiante no potencial de valorização das ações da estatal. Sua recomendação para os papéis é de compra, com preço-alvo de R$ 29 para as ordinárias (PETR3) e de R$ 26 para as preferenciais (PETR4). Isso significa altas potenciais de 21% e 11%, respectivamente, sobre os fechamentos de ontem (21).

Um passo importante é a venda de oito refinarias, pelas quais, a companhia pode obter de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões.

Ingerência menor

“Se o processo for bem-sucedido, acreditamos que impactará significativamente a tese de investimento na Petrobras, não apenas porque a empresa entregaria margens consolidadas maiores, mas também pela provável percepção de menor risco de interferências do acionista controlador”, explica a dupla.

Como se sabe, o tema que mais causa atrito entre a direção da companhia e o governo (qualquer que seja a linha ideológica de quem ocupe o Planalto) sempre foi a política de reajuste dos combustíveis. Como empresa de capital aberto, a Petrobras precisa buscar a maximização da rentabilidade dos acionistas, incluindo os mais de 370 mil minoritários.

Já o governo federal, que a controla, teme que aumentos nos preços dos combustíveis alimentem a inflação e corroam sua popularidade.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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