Ação da Petrobras tem potencial de 35% em 2020, indica Itaú BBA
As ações da Petrobras (PETR4) têm um potencial de valorização de 35% em 2020, avalia o Itaú BBA em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (22) em que estabelece uma nova projeção para os papéis da estatal em R$ 40.
A recomendação é de compra (outperform – desempenho acima da média do mercado).
O analista André Hachem divulgou um relatório com os sete principais pontos para a Petrobras em 2020.
1 – “A produção da empresa este ano provavelmente se beneficiará de um mix cada vez mais rico, já que a proporção de barris em desenvolvimento sob os regimes de Cessão Onerosa e Partilha de Produção (no campo de Búzios) aumentará em relação à produção sob o regime de Concessão”.
2 – Efeitos da rodada de licitações de 2019. “O leilão de Cessão Onerosa tem ramificações na curva de produção e nas finanças da Petrobras, já que a empresa foi obrigada a pagar um grande bônus de assinatura inicial e terá que fazer compromissos de investimento nos próximos anos para desenvolver o campo de Búzios.
3 – Produção na Bacia de Campos, que apresentou uma queda significativa nos últimos dois anos. “Segundo o analista, ajustando a produção da Bacia de Campos para o tempo de inatividade, é possível observar um potencial de recuperação da produção da Bacia de Campos”.
4 – Comissionamento de novas plataformas. “A Petrobras adotou uma política de efetuar apenas contratos de arrendamento e operação de suas unidades, ao invés de possuir plataformas próprias. No entanto, à medida que o mercado de FPSO se torna mais apertado, a empresa pode voltar a fazer plataformas próprias”.
5 – Desinvestimento de oito refinarias no Brasil. “A venda dos ativos de refino pode render uma melhora na governança corporativa da empresa”.
6 – Política de preços. A política é “mercado livre, mas alguns eventos, entre eles, geopolíticos, causaram aumentos significativos no preço
do petróleo, enfatizando as tensões e os riscos relacionados aos preços do diesel e da gasolina: se os preços mais altos do petróleo forem sustentados por mais tempo, um repasse mais alto seria necessário”.
7 – Endividamento. O analista avalia que a estatal atingiria o limite de 1,5 vez a dívida líquida / EBITDA em 2021.