Comprar ou vender?

Ação da Oi tem potencial de 50% e é “compra”, aponta Bradesco

02 set 2019, 15:02 - atualizado em 02 set 2019, 15:57
“Os holofotes voltados para a Oi parecem ter despertado um senso de urgência”, explicam os analistas (Imagem: Facebook da Oi)

A equipe de análise do Bradesco BBI revisou para compra a recomendação para as ações da Oi (OIBR3), revela um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (2). O preço-alvo de R$ 1,80 sugere um potencial de valorização de aproximadamente 50%. Os papeis sobem 5% hoje, cotados a R$ 1,25.

Os analistas Fred Mendes e Flávia Meireles argumentam que, desde o resultado ruim do segundo trimestre de 2019, uma pressão generalizada desencadeou uma mudança de postura do meio político sobre a necessidade de avanço do projeto de lei da reforma das telecomunicações.

“Os holofotes voltados para a Oi parecem ter despertado um senso de urgência, incluindo um senador registrando um relatório sobre o projeto a ser votado nesta semana”, apontam eles.

Com a nova lei, a Oi deixaria de ser concessionária, o que a ajudaria a cumprir metas e competir em igualdade com a Claro, unidade da América Móvil, e com a Tim (TIMP3). A mudança também beneficiaria a Vivo (VIVT4) que, juntamente com a Oi, responde pela maioria dos serviços de telefonia fixa no Brasil.

O projeto também resolveria a questão em torno dos chamados bens reversíveis, que são ativos – principalmente imóveis – que há 20 anos eram considerados necessários. A lei facilitaria o plano da Oi de vender até US$ 2 bilhões em ativos não essenciais e se concentrar em sua rede de fibra ótica para recuperar as vendas. Acompanhe aqui o andamento do processo.

Financiamento

As necessidades de caixa da Oi permanecem, explica o Bradesco. “Acreditamos em uma emissão de dívida e não de ações. A conclusão da venda da Unitel poderia suportar as necessidades de investimento”, finalizam.

Na semana passada, a coluna de Ancelmo Goes de O Globo informou que teria sido aprovado um financiamento internacional para viabilizar a venda de 25% das ações que a brasileira tem na angolana Unitel, o que pode trazer um reforço de R$ 3 bilhões para a Oi.

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