Ação da MRV é opção de compra em cenário e setor conturbado
Apesar de a crise política jogar uma nuvem de incertezas sobre o mercado imobiliário, a MRV é vista com um porto seguro dentro do setor. Mesmo com o alto nível de desemprego e uma menor demanda, o desempenho de vendas da empresa, focado no Minha Casa Minha Vida (MCMV), tem surpreendido com um crescimento de 4,2% na comparação no segundo trimestre na comparação com o primeiro deste ano.
Os analistas Luiz Mauricio Garcia e Renato Chanes da Bradesco Corretora, ressaltam que o programa do governo tornou-se autossustentável após cortes relacionados à primeira faixa de renda (quase totalmente dependente de subsídios federais).
Eles apontam que, por representar mais de 50% da oferta de habitação no Brasil (meta de 600 mil unidades por ano), “a relação de dependência da população está sendo muito mais importante do que a dependência do programa ao Governo, o que deve torná-lo um programa constante e contínuo, independente do cenário político”.
Crescimento
Por ter quase dobrado o seu estoque de terrenos nos últimos três anos, a MRV também se aproveita de uma situação confortável de caixa.
“Como consequência, apesar do crescimento esperado, a MRV ainda vê a geração de caixa em linha com os últimos anos (em média de R$ 500 milhões ao ano), o que deve permitir que ela continue aumentando sua distribuição de dividendos, já que sua dívida líquida é próxima de zero”, destacam Garcia e Chanes.
Ações
A corretora vê os papéis da construtora negociando a um nível atrativo aos preços atuais e recomenda a compra. O preço-alvo estimado é de R$ 17. O Bradesco indica ainda os papéis da Tenda e da Eztec.