Ação da Marfrig ainda pode subir 18%, dizem analistas após balanço
A Marfrig (MRFG3) conseguiu surpreender até os mais otimistas com os resultados do terceiro trimestre. O Ebitda (Lucro antes de impostos, depreciação e amortização) de R$ 4,7 bilhões, por exemplo, veio 64% acima da expectativa de consenso do mercado.
Parte dos agentes de mercado permanece indicando a compra da Marfrig — é o caso do BTG Pactual (BPAC11). Para o banco, a ação ainda tem espaço “estelar” de crescimento enquanto a forte demanda do mercado norte-americano durar.
Os analistas do BTG reiteraram o papel com novo preço-alvo de R$ 27 (ante R$ 21) em 12 meses.
O Credit Suisse também manteve a recomendação compra do frigorífico, com preço-alvo de R$ 26, levando em conta o sentimento do mercado de que tanto Marfrig quanto JBS (JBSS3) são vistas como boas opções de hedge (proteção), dadas suas elevadas exposições à economia dos EUA em meio à deterioração do Ibovespa.
Já a Ágora Investimentos estima preço-alvo de R$ 30 por ação da Marfrig, e espera reação positiva do mercado diante do robusto balanço apresentado pela companhia agro no trimestre passado, implicando em potencial de valorização de 17,92%, considerado o valor de fechamento de R$ 25,44 na segunda (1).
Manutenção
Com o amplo abastecimento de gado e demanda ainda boa nos Estados Unidos, os resultados da Marfrig ainda devem vir agradáveis, segundo a Genial Investimentos. Contudo, a corretora espera que tal cenário desacelere gradativamente.
“Preferimos esperar para ver o que a empresa fará com seu amplo caixa e alavancagem reduzida para gerar valor aos acionistas, antes de ser mais otimista com o papel”, comenta a corretora, que alterou sua recomendação de curto prazo de venda para manutenção, com novo preço-alvo de R$ 27 por ação.
O Santander (SANB11) conservou a indicação de manutenção da Marfrig dada a alta relevância da National Beef e a expectativa de redução dos spreads de carne bovina dos EUA no futuro. O banco não indicou preço-alvo.