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Ação da JBS vai driblar Joe Biden no curto prazo e pode saltar 43%, diz XP

07 jan 2022, 11:28 - atualizado em 07 jan 2022, 11:28
JBS
JBS passa a contar até com vetores positivos vindos do Brasil, que devem melhorar as margens do frigorífico (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

As ações da JBS (JBSS3) acumulam queda em torno de 5% em 2022.

A derrocada neste início de ano tem sido provocada principalmente pelo anúncio de intervenção aos frigoríficos, plano anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para conter a alta de preços das carnes.

Então, será que é hora de se desfazer das ações do frigorífico brasileiro?

Muito pelo contrário, de acordo com a XP Investimentos, que reitera a compra e indica preço-alvo de R$ 51,80.

Considerando o último fechamento da ação, a JBS tem o potencial de alta de 43%.

Na visão da corretora, o plano da administração Biden de alcançar uma cadeia de suprimentos de carnes e aves mais justa, competitiva e resiliente tem pouco impacto no curto prazo.

Os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, que assinam o relatório, enxergam até bons vetores vindos do Brasil para o frigorífico, revertendo o que foi observado nos últimos balanços apresentados ao mercado.

“Com piora macro e fiscal agravando o câmbio, somado a uma virada de ciclo da pecuária com expectativa de aumento da oferta de gado, as margens devem melhorar no Brasil, em nossas estimativa”, afirmam.

Não é de se admirar que a JBS seja a ação agro mais recomendada por 27 analistas para janeiro, de acordo com levantamento elaborado pelo Agro Times.

Nos EUA, a XP espera que as margens da JBS diminuam, mas permaneçam acima dos níveis históricos. A operação da Austrália também deve somar positivamente às margens em 2022.

Nesta sexta-feira, por volta das 11h10, as ações ordinárias da JBS cediam 0,91%, negociadas a R$ 35,85 cada. No mesmo instante, o Ibovespa (IBOV) cai 0,08%, com 101.478,07 pontos.