Ação da JBS está mais suculenta do que a endividada BRF
As ações da JBS (JBSS3) e da BRF (BRFS3) estão bem posicionadas para elevar as suas margens em 2022 após um ano de alta inflação nos custos, porém só a primeira tende a ir melhor neste momento, pontua o Bank of America em um relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times.
“A empresa [JBS] está desfrutando de um momento positivo nas operações internacionais e gerando um rendimento de 12% para o fluxo de caixa esperado em 2022, que está sendo devolvido aos acionistas e aplicado em fusões e aquisições que geram valor, enquanto o fluxo de caixa da BRF tem sido negativo e a alavancagem está perto do limite de 3 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda”, explicam os analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares.
Os dois estiveram reunidos com o executivo Luis Rua, diretor de mercado da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), para discutir as tendências de mercado para suínos e frango.
“Eles têm uma visão otimista de ambos, com a produção crescendo mais de 4% em 2022, com forte demanda nos mercados interno e externo. No Brasil, o consumo per capita de frango e porco cresceu 10% e 20%, respectivamente, desde 2019, como alternativas acessíveis à carne bovina. Enquanto isso, a inflação de custos deve desacelerar e, eventualmente, os custos podem cair, dada a boa produção de grãos no Brasil”, pontuam Simonato e Palhares.
Eles têm a recomendação de compra para a JBS, que é a Top Pick no setor de alimentos na América Latina, enquanto possuem uma indicação neutra aos papéis da BRF.