Ação da IBM deve continuar rali após divulgação dos resultados
Muita coisa está em jogo quando a International Business Machines (NYSE:IBM) divulgar seus resultados do primeiro trimestre amanhã. Primeiramente, a empresa precisa provar que o otimismo dos investidores com sua recuperação é justificado e que ela está no caminho certo para superar as expectativas do mercado de forma consistente.
Se a Big Blue conseguir mostrar que a sua recuperação está ganhando força, o poderoso rali deste ano — que colocou as ações da empresa entre as blue chips com melhor desempenho na Média Industrial Dow Jones — deve continuar.
Os papéis dessa antiga gigante da tecnologia, que dominou as primeiras décadas da computação com invenções como o mainframe e depois o disquete, fecharam o pregão de sexta-feira cotados a US$ 144,35 – uma alta de mais de 25% neste ano. Eles se valorizaram 34% desde a mínima de dezembro, superando tanto o S&P 500(+20,3%) quanto o índice repleto de empresas de tecnologia NASDAQ 100 (+26,2%).
Os touros da IBM se concentraram no bom desempenho da companhia no quarto trimestre de 2018 e na previsão otimista para este ano. Depois de superar as estimativas de receita dos analistas no 4T, a IBM declarou, em janeiro, que espera registrar um lucro por ação ajustado de pelo menos US$ 13,90 em 2019, acima das previsões do mercado, de US$ 13,89. Esse foi o segundo trimestre consecutivo em que a IBM apresentou crescimento, após seis anos de queda nas receitas.
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Aquisição revolucionária
Com a recente disparada em suas ações, os investidores podem estar preocupados com a perda de força desse rali, achando que o papel pode estar ficando arriscado. No curto prazo, esse temor pode ser verdadeiro, mas estamos cada vez mais confiantes de que a companhia está no caminho certo para concretizar seu plano de recuperação no longo prazo.
O ponto mais importante da estratégia de crescimento da IBM foi evitar uma desaceleração das vendas ao capturar uma parcela maior de novas áreas de crescimento da economia digital. Esse objetivo continuou sendo um sonho distante até o ano passado, já que os esforços da empresa em crescer organicamente não deram resultado e deixaram os investidores insatisfeitos.
Mas esse não será o caso daqui para frente. Em nossa visão, a compra de US$ 33 bilhões da Red Hat (NYSE:RHT) no ano passado será uma revolução. Essa aquisição aumentará a rentabilidade do portfólio de ofertas de software da IBM, principalmente nos serviços de nuvem híbrida para clientes corporativos.
Cerca de 85% de todas as empresas devem adotar uma estratégia de nuvem híbrida, na qual a maioria utilizará uma combinação de serviços de nuvem pública, como Amazon Web Services (NASDAQ:AMZN), em conjunto com suas redes de nuvem privada, de acordo com uma previsão da Jefferies & Co.
Para investidores de longo prazo, cujo objetivo é ter uma fonte de renda constante, faz bastante sentido ter ações da IBM. A empresa planeja retornar cerca de 70%-80% do fluxo de caixa livre aos acionistas a cada ano, com aumentos anuais de dividendos e recompras contínuas de ações.
Resumo
As ações da IBM continuam sendo uma atraente aposta de recuperação, ideal para investidores de longo prazo com um horizonte temporal de 5 a 10 anos. Apesar do recente rali, seus papéis ainda rendem 4,4%, o dobro da média de 2% do S&P 500. A companhia aumentou seus dividendos cinco vezes nos últimos cinco anos. Acreditamos que o potencial de valorização continua forte, se a companhia novamente apresentar uma surpresa positiva em seus resultados do 1T.
Para quem tiver paciência para permanecer nesse investimento, as ações da IBM podem comprovar seu bom valor, principalmente com a aquisição da Red Hat, em conjunto com seus antigos negócios, que continuam gerando fluxos de caixa recorrentes.