Ação da Hypera está barata e empresa mostra crescimento sólido e sustentável no 2º trimestre
A Hypera (HYPE3) mostrou um crescimento sólido, sustentável e com margens melhores no 2º trimestre de 2021, disseram analistas da Guide, Ativa, XP Investimentos e Banco Safra em relatórios obtidos pelo Money Times nesta segunda-feira (26).
No trimestre, a Hypera registrou receita líquida de R$ 1,5 bilhão, alta de 43,5%. Segundo a companhia, a variação positiva foi puxada pelos medicamentos adquiridos da Takeda e da família Buscopan. Bancos e corretores teceram elogios por causa dessas aquisições.
“A inovação está atingindo recordes e percebemos um portfólio de novos produtos muito forte”, afirmou o Safra.
Não obstante, o banco comentou que a ação está barata após os bons números apresentados. Além disso, os papéis possuem diversos catalizadores para impulsiona-los.
Por isso, o Safra recomenda compra da Hypera com preço-alvo em R$ 51.
XP Investimentos
Para os especialistas da XP, Matheus Soares e Vitor Pini, a farmacêutica apresentou sólidos resultados no 2º trimestre com bons números da receita líquida.
De acordo com a corretora, a fabricante de remédios possui perspectiva positiva de margens ainda melhores com a integração da Takeda e a aquisição do portfólio da Sanofi.
“Em nossa opinião, é isso que vai sustentar a perspectiva positiva de crescimento da companhia”, disseram Soares e Pini em relatório divulgado pela XP.
Desse modo, os analistas recomendaram a compra dos papéis com preço-alvo de R$ 48.
Ativa
Além da XP, a Ativa disse que a receita líquida da empresa foi um dos destaques da 2º etapa trimestral. Para Pedro Serra, o crescimento das vendas foi expressivo.
“Um aumento de vendas de medicamentos de prescrição foi um destaque no trimestre, com crescimento do sell-out superior ao mercado pelo 3°trimestre consecutivo”, comentou Serra ao assinar o documento enviado pela Ativa.
O analista diz ainda que a fabricante de remédios conseguiu uma forte geração de caixa, o que possibilitou a farmacêutica declarar pagamento de R$ 194,8 milhões em juros sobre o capital próprio, ou seja R$ 0,31 por ação, que representa um yield de 0,85%.
Todavia, a Ativa alertou sobre possíveis problemas com o maior endividamento após a emissão de debêntures para a realização das aquisições. Mesmo assim, ela elogiou a Hypera e complementou que as sinergias das aquisições apenas começaram.
“A Hypera Pharma está no caminho correto, através de aquisições estratégicas que além de agregar valor à companhia, trazem sinergias que ajudam a diluir as despesas fixas”, concluiu Pedro Serra.
Sendo assim, a corretora recomendou a compra das ações com preço-alvo de R$ 40,60.
Guide
A farmacêutica também recebeu elogios da Guide. Segundo o especialista Luis Sales, a empresa reportou um bom resultado no período em relação ao ano passado, mesmo com uma base comparativa forte, impulsionada pela pandemia, em especial, no segmento de vitaminas e suplementos.
Sales também viu a expansão dos negócios da fabricante de remédios com bons olhos.
“Acreditamos que a empresa esteja bem posicionada para manter o seu crescimento de maneira sustentável, além da aquisição da Bioage em julho, e conta com posição de liderança no mercado de estética brasileiro, fortalecendo assim o seu portfólio”, explicou o analista Luis Sales ao assinar o relatório da Guide.
BTG
Mais cedo, o BTG Pactual também divulgou uma análise sobre a companhia. Para o banco, os resultados foram “resilientes” e as projeções para as ações da empresa foram revisadas com um aumento no preço-alvo.
“Os resultados foram sólidos (embora esperados), e vemos Hypera pronto para atingir seu guidance anual”, indicaram os especialistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Victor Rogatis.
Eles elevaram o preço-alvo para o final de 2022 de R$ 42 para R$ 45 e reiteraram a recomendação de compra. O valor corresponde a um potencial de valorização de aproximadamente 24%.