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Ação da Gafisa continua muito cara e incerta

01 out 2018, 10:36 - atualizado em 01 out 2018, 10:37

As mudanças na diretoria e no Conselho de Administração da Gafisa (GFSA3), antes de provocar qualquer mudança positiva nos rumos da construtora, eleva o risco de execução e faz com que as ações pareçam ainda mais caras, avalia o Credit Suisse em um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (1º).

Gafisa cai nas mãos de Mu Hak You

Na última sexta-feira, o novo Conselho da empresa demitiu os seus principais executivos: Sandro Gamba (CEO); Carlos Calheiros (CFO e RI); e Gerson Cohen (COO). A executiva Ana Recart foi apontada para o caro de CEO, CFO e RI. Karen Guimarães é a nova encarregada das operações. Ambas são advogadas da GWI Asset Management.

“O Conselho de Administração destacou que a destituição dos Srs. Gamba, Calheiros e Cohen faz parte do processo de turnaround e de adequação e otimização da estrutura corporativa da Companhia, agradecendo a contribuição prestada nestes últimos anos”, disse e empresa em nota distribuída na semana passada.

Além disso, a sede será transferida de São Paulo para São Caetano do Sul. A filial no Rio de Janeiro será encerrada e um novo programa de recompra de até 8% das ações em circulação no mercado em até 12 meses foi anunciado.

“O ciclo de negócios para as construtoras é longo e as operações apresentam um grau significativo de complexidade. Além disso, a nova equipe de alta gerência não possui muita experiência anterior no setor. Como resultado, podemos testemunhar uma transição um pouco mais turbulenta”, destacam Luis Stacchini, João Dutra e Vanessa Quiroga, do Credit Suisse.

A mudança da sede e o fechamento no Rio, contudo, são vistos com bons olhos. “Em nossa opinião, o foco na redução da empresa e da alavancagem faz sentido estratégico, à luz da situação de balanço apertado da Gafisa”, destacam. Levando tudo isso em conta, o banco destaca que a perspectiva para a rentabilidade e geração de caixa continua ruim e as ações parecem “muito caras”.

A recomendação foi mantida em underperform (desempenho abaixo da média do mercado) com preço-alvo de R$ 8,60.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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