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Ação da Embraer cai após Aeronáutica decidir reduzir contrato do KC-390

12 nov 2021, 15:58 - atualizado em 12 nov 2021, 15:58
Embraer
A Embraer afirmou que vai buscar medidas legais para proteger a encomenda das 28 aeronaves encomendadas pela FAB (Imagem: Facebook/Embraer)

As ações da Embraer (EMBR3) chegaram a recuar mais de 8% nesta sexta-feira, após a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciar intenção de reduzir contratos envolvendo o fornecimento do cargueiro KC-390 desenvolvido em parceria com a companhia.

A Aeronáutica afirmou em nota que começou a negociar em abril com a empresa a redução da quantidade contratada em 2014 de 28 para 15 aeronaves, processo que foi seguidamente estendido e terminou com a não aceitação da proposta da Aeronáutica pela Embraer.

“Considerando a decisão da Embraer e a impossibilidade de permanecer com a execução do contrato nas quantidades atuais, a Força Aérea Brasileira…iniciará, dentro dos limites previstos na lei, os procedimentos para a redução unilateral dos contratos de produção das aeronaves KC-390.”

A Embraer afirmou que vai buscar medidas legais para proteger a encomenda das 28 aeronaves encomendadas pela FAB.

“Tão logo seja formalmente notificada pela União, a companhia buscará as medidas legais relativas ao reequilíbrio econômico e financeiro dos contratos, bem como avaliará os efeitos da redução dos contratos em seus negócios e resultados”, afirmou a Embraer em comunicado.

Em 2014, Embraer e o Comando da Aeronáutica assinaram contrato para a produção do cargueiro no valor 7,2 bilhões de reais em valores da época. A primeira aeronave foi entregue à FAB em 2019.

Na visão de analista do Bradesco BBI, a notícia é negativa para a Embraer “dado que esta decisão pode reduzir seu backlog (carteira de pedidos)”. No entanto, ele avaliou que a empresa obteve novos pedidos de Portugal e Hungria, confirmando o interesse de outros países na aeronave.

Por volta de 15:30, as ações da Embraer recuavam 7,3%, a 21,31 reais, entre os piores desempenhos do Ibovespa, que apresentava declínio de 1,1%. No pior momento, os papéis chegaram a 21,05 reais, queda de 8,4%.

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