Ação da Duratex pode subir 6,5%; BTG eleva preço-alvo para R$ 19
As ações da Duratex (DTEX3) são negociadas com leve desvalorização na parte da manhã desta terça-feira. O BTG Pactual (BPAC11) divulgou nesta manhã relatório para clientes elevando o preço-alvo em 46%, de R$ 13 para R$ 19 em 12 meses. A decisão se deu após a revisão das projeções para a companhia, a queda significativa nas taxas de juros, maior visibilidade quanto ao crescimento das vendas e algumas mudanças estruturais na operação.
No documento, os analistas explicam que o novo alvo tem base no valor de fechamento de ontem de R$ 17,84. Assim, a ação poderá se valorizar 6,50% até chegar em R$ 19. Assim, a equipe manteve recomendação de compra.
O relatório é assinado por Leonardo Correa e Caio Greiner, que argumentam que, entre as novidades incorporadas ao modelo de avaliação da Duratex, se destacam: a taxa de crescimento de um dígito médio ou alto nos volumes vendidos de painéis de madeira e da divisão Deca no longo prazo, as premissas de custo melhores para a Deca, a integração da Cecrisa e sinergias com a operação, o maior volume do projeto de celulose solúvel e o menor custo da dívida.
Para o BTG, não é uma tese de investimento barata baseada em múltiplos de curto prazo, mas o potencial de ROE no longo prazo se baseou materialmente e, com isso, os analistas acreditam que esse é um aspecto crítico.
Para eles, embora a ação já esteja refletindo uma impressionante história de crescimento futuro (crescimento de EBITDA ao norte de 60% em relação aos níveis atuais), acreditam que a direção dos lucros continuará sustentando o preço das ações.
Assim, a equipe vê a negociação de ações em aproximadamente 12x EBITDA 20, o que considera caro, mas vê espaço para compressão adiante. Eles destacam também que este parece ser um porto seguro entre os temores da Corona, devido à alta exposição doméstica.