Ação da Cosan é negociada com desconto ‘injustificado’ de 20%, diz BTG
A ação da Cosan (CSAN3) reserva um atrativo ponto de entrada aos investidores, segundo os analistas do BTG Pactual (BPAC11), que enxergam no papel um desconto “injustificado” de 20%. Eles reiteraram a recomendação de compra da ação, com preço-alvo de R$ 39 em 12 meses.
Segundo análise do banco, a Cosan pode subir mais de 91% em um ano na bolsa, sendo 5,7% da rentabilidade estimada em dividendos a serem pagos pelo grupo — que é acionista das subsidiárias Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Compass (PASS3).
Na última sexta-feira (22), a Compass arrematou durante leilão sem concorrência a participação de 51% do governo do Rio Grande do Sul na Sulgás, pelo lance mínimo de R$ 927,79 milhões.
Para os analistas Thiago Duarte, Pedro Soares e Henrique Brustolin, que assinam o relatório, a compra feita pela subsidiária da Cosan é “altamente estratégica”, assim como foi o caso do acerto com a Petrobras (PETR4) para a aquisição da Gaspetro por R$ 2,03 bilhões.
“Com a compra da Sulgás no Rio Grande do Sul, a Compass passa a ser responsável por 67% da distribuição de gás natural no Brasil”, comentam os analistas.
Ainda mais otimista
O Bank of America (BofA) é ainda mais otimista com o case da Cosan, diante do negócio fechado entre a subsidiária Compass e a gaúcha Sulgás
“A aquisição da Sulgás pela Compass pode incrementar em 9% o volume total de gás vendido pela Comgás (CGAS3) em relação ao valor de 2020″, comenta o banco estrangeiro.
A Comgas também faz parte do universo da Cosan e responde por mais de um quarto do gás natural consumido no Brasil.
O BofA recomenda a compra da Cosan, com preço-alvo de R$ 43 em 12 meses.