Ação da Copel (CPLE6) vale pelo menos R$ 12, defende Bradesco BBI
O Bradesco BBI definiu um novo preço-alvo de R$ 12 para a Copel (CPLE6), assumindo uma probabilidade de 100% de privatização da companhia até outubro.
Pelos cálculos da corretora, a ação da Copel atualmente desconta uma probabilidade de privatização de aproximadamente 20%, enquanto eventos positivos alimentaram expectativas de que o processo de desestatização da empresa elétrica paranaense está perto de engatar.
Além da perspectiva de uma oferta de ações, o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou um acordo de conciliação entre o Itaú Unibanco (ITUB4) e o Estado do Paraná envolvendo a elétrica.
O acordo definiu que o governo do estado pagará R$ 1,7 bilhão em três parcelas, valor reduzido em relação ao total de R$ 4,5 bilhões que o banco reivindicava por um crédito dado ao governo paranaense há mais de 20 anos e que tinha as ações da Copel como garantia.
Dessa forma, as partes resolvem uma questão que, segundo parlamentares da oposição no Paraná, seria um impedimento ao processo de privatização da elétrica.
“Os próximos passos incluem a aprovação pelos tribunais de contas da União (TCU) e estaduais (TCE) de partes vitais do processo relacionadas a méritos técnicos (as negociações políticas necessárias no estado e com o governo federal já foram realizado com sucesso)”, destacam Francisco Navarrete, do BBI, e José Cataldo, da Ágora Investimentos, em relatório divulgado nesta quarta-feira (19).
Oferta de R$ 5 bilhões?
O BBI considera em seu modelo uma oferta de ações de aproximadamente R$ 5 bilhões, incluindo R$ 2 bilhões de oferta primária e cerca de R$ 3 bilhões de oferta secundária.
“Embora ainda a ser definido, o estado do Paraná precisaria vender aproximadamente 16% de sua participação no capital total, e estimamos uma dívida líquida/Ebitda pós-privatização em torno de 2,5x”, afirmam os analistas.
Na opinião do BBI, é melhor começar a comprar as ações da Copel agora do que esperar pela oferta de privatização, esperada para acontecer no segundo semestre deste ano.
“Lembre-se de que as ações da Eletrobras (ELET3) capturaram a maior parte da performance antes da oferta de privatização”, reforça a corretora.