Ação da CCR ainda pode se destacar da média, mesmo com balanço fraco
O balanço da CCR (CCRO3) não fugiu muito do cenário que os analistas do Credit Suisse imaginaram para a companhia. Os números vieram fracos, o que não pode ser considerado uma surpresa, dadas as restrições de deslocamento impostas no período para conter a disseminação do coronavírus.
“Na nossa avaliação, os resultados trazem pouca influência para a CCR no momento. Todos os olhos estarão voltados para o processo de reequilíbrio econômico dos contratos de concessão”, afirmaram os analistas Regis Cardoso e Alejandro Zamacona, em relatório divulgado pelo banco e obtido pelo Money Times.
Para o Credit Suisse, a ação ainda sustenta uma recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado). O preço-alvo para os próximos 12 meses é de R$ 20.
Do lucro ao prejuízo
A CCR encerrou o segundo trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 164,7 milhões ante o lucro de R$ 329,5 milhões registrado no mesmo período de 2019. O Ebitda ajustado caiu quase 40% e atingiu R$ 819,4 milhões.
A empresa foi severamente afetada pela queda de tráfego nas rodovias (-22,1%) e aeroportos. O movimento tem dado mostras de recuperação ao longo dos últimos meses conforme as medidas de isolamento são flexibilizadas.