Ação da CBA (CBAV3) dispara mais de 11%, seguindo alta dos preços do alumínio
As ações da CBA (CBAV3) dispararam nesta quarta-feira (2) pós-Carnaval, impulsionadas pelo movimento de alta das commodities diante do agravamento da guerra na Ucrânia.
Os papéis da companhia fecharam em alta de 11,22%, cotados a R$ 22,20 cada.
Boa parte do movimento de valorização tem sido motivada pela escalada dos preços do alumínio, que já vinha seguindo uma trajetória altista antes mesmo da invasão russa em território ucraniano.
Luciano Alves, CFO da companhia, disse para o Money Times que o desempenho da companhia na Bolsa pode ser parcialmente explicado pelos ruídos geopolíticos atuais, mas também reflete uma dinâmica deficitária do metal, na qual a produção é menor que a demanda, que vem acontecendo já há algum tempo.
O executivo destacou que o alumínio saiu de um ciclo baixista atipicamente extenso para uma dinâmica de alta acelerada de preços – e não pela relação oferta-demanda natural de mercado, mas por um player.
“A China veio com alguns fechamentos de capacidade de produção de alumínio com o intuito de reduzir as emissões. É uma situação de estar com estoques decrescentes e déficit no mercado. Então, não está sobrando metal”, explicou.
Ainda assim, a guerra entre Rússia e Ucrânia acaba jogando os preços do alumínio lá em cima. Isso porque a Rússia, além de ser uma das maiores fornecedoras de gás natural do mundo, responde por aproximadamente 6% da oferta global de alumínio.
As ações da CBA registram ganhos de quase 62,4% no acumulado do ano e, desde que abriu capital, em julho de 2021, dispararam 86,7%.