Ação da C&A ainda pode surpreender com a digitalização da companhia, alerta BTG

A ação da C&A (CEAB3) ainda pode surpreender com maiores iniciativas de digitalização, na visão do BTG Pactual. A empresa divulgou, na quarta-feira (19), resultados fracos no segundo trimestre do ano, com prejuízo líquido de R$ 192,1 milhões no período.

De acordo com o balanço da empresa, no mesmo intervalo de 2019, o lucro, que considera os efeitos IFRS 16, estava positivo em R$ 25,8 milhões. O prejuízo pró-forma foi de R$ 181,6 milhões.

A receita líquida retraiu 76,6%, de R$ 1,2 bilhão para R$ 294,5 milhões, enquanto o Ebitda ajustado terminou com um saldo negativo de R$ 114 milhões (considerando o IFRS 16)/R$ 201,4 milhões (sob análise pró-forma).

O SSS (Vendas nas Mesmas Lojas) caiu para -77%, severamente impactado pelo fechamento das lojas físicas.

O aumento de investimentos no e-commerce resultou em um GMV (Gross Merchandise Value, em inglês) de R$ 189,2 milhões e um salto de 356% das vendas líquidas online. Consolidando o desempenho das lojas físicas com o omnichannel, a C&A encerrou o trimestre com quase 60% das vendas totais de mercadorias do ano passado.

O BTG acredita que as iniciativas no mundo digital tenham sido positivas. “Com suas lojas fechadas durante a pandemia, a C&A acelerou suas iniciativas digitais. O envio da loja agora está disponível em 216 lojas (vs. 80 no 1º trimestre de 2020), enquanto o conceito de corredor infinito está agora em todas as lojas”, afirmou o banco.

Segundo eles, a empresa expandiu sua plataforma de marketplace (Galeria C&A), plugando vendedores como Vivara, Etna, Azaleia e Mormaii, enquanto o número de downloads em seu aplicativo cresceu 5 vezes em comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 3 milhões usuários ativos mensais.

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Esse caminho tomado pela empresa ainda deve surpreender os investidores, de acordo com o BTG. Sendo assim, a recomendação é de compra para as ações da companhia, com preço-alvo de R$ 18 por papel.

Veja o resultado completo: