Ação da BRF não é mais uma “venda”, avalia BTG Pactual
A equipe do BTG Pactual retirou a sua recomendação de venda às ações da BRF (BRFS3) após o Dia do Investidor da empresa realizado nesta semana, em que a companhia fez “apresentações de boa qualidade por membros-chave da alta administração”.
Os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin veem agora um risco-recompensa sobre os ativos “mais equilibrado” para uma indicação “neutra” sobre os papéis. O preço-alvo foi mantido em R$ 25.
“Ficamos positivamente surpresos com a resiliência da estratégia da empresa, principalmente de preços e volumes no Brasil ao longo do ano, o que nos levou a aumentar nossas estimativas de Ebitda para 2021 e 2022 em 12% e 7%”, explicam.
Com um ambiente de custo menos adverso e sinais de que a oferta de aves pode finalmente desacelerar, eles acreditam que o momento de lucros pode melhorar.
O sinal de alerta está sobre a alavancagem da BRF, o que prejudica o valor patrimonial, mas também significa que o preço das ações será altamente sensível a oscilações de margem positivas.
“Dito isso, ainda estamos cautelosos, pois o alto endividamento ainda coloca a BRF em uma posição frágil em relação à concorrência e impede uma geração de fluxo de caixa livre mais consistente ao longo do tempo, o que torna exigentes múltiplos baseados em lucros financeiros”, explicam.