Comprar ou vender?

Ação da B3, não da XP, é a melhor para ganhar com a migração do brasileiro à Bolsa

30 jun 2020, 10:24 - atualizado em 30 jun 2020, 11:00
XP Inc
O BTG mantém recomendação neutra para os papéis da XP, negociados a US$ 43,52 (Imagem: Nasdaq/Divulgação)

Desde o IPO, em dezembro do ano passado, as ações da XP Inc. (XP) acumulam valorização de 61%. E nesta segunda-feira (29), a maior companhia independente de assessoria de investimentos da América Latina, anunciou uma oferta secundária de 19,5 milhões de ações.

Se não bastasse, a XP estimou que o lucro líquido do segundo trimestre pode alcançar até R$ 520 milhões, mais que o dobro do obtido um ano antes.

No radar do analista do BTG Pactual (BPAC11), Eduardo Rosman, a oferta secundária de ações que tem como vendedores o grupo chamado XP Controle, que inclui o fundador e presidente, Guilherme Benchimol, e a norte-americana General Atlantic, nem sempre repassa a melhor mensagem aos investidores.

“Os dados preliminares para 2° trimestre sugerem que Wall Street ainda está muito aquém do desempenho, o que deve  sustentar a ação, negociada em Nova York“, destaca o analista.

Como pano de fundo para otimismo no mercado financeiro, o banco aponta crescimento dos investidores que têm chegado a Bolsa.

Considerando os riscos para as estimativas para o 2° trimestre, o BTG mantém recomendação neutra para os papéis da XP, negociados a US$ 43,52. Mas reforça a perspectiva positiva no mercado, enxergando a preferência dos investidores em operar na B3 (B3SA3).

B3 é a maneira mais barata de ganhar

B3SA3 Bolsa de Valores
A B3 é a opção mais barata para aqueles dispostos a entrar na tendência da renda variável no Brasil (Imagem: B3/Facebook/ Reprodução)

Não é de hoje que a B3, a dona da Bolsa, é vista com bons olhos pelos analistas de mercado. O Money Times já havia publicado o otimismo do UBS em relação à tendência positiva para os volumes negociados na bolsa de valores brasileira, diante do cenário ímpar de juros baixíssimos.

“Com uma recuperação mais rápida do que o esperado no Ibovespa (IBOV), as ofertas devem começar a retomar”, afirmaram Mariana Taddeo e Kaio Prato, analistas que assinam o relatório do UBS, obtido pelo Money Times.

Na avaliação do Credit Suisse, a B3 continuará demonstrando números sólidos de receita até o fim do ano. Para 2020, os analistas Marcelo Telles, Otavio Tanganelli e Alonso Garcia elevaram suas estimativas sobre o lucro líquido recorrente da empresa em 6%.

A B3 é a principal escolha do Credit Suisse no setor financeiro. Segundo a equipe de análise do banco, a empresa registra fortes ganhos no momento e possui um valuation atrativo, além de um crescimento estrutural positivo no médio e longo prazo.

“A B3 é a opção mais barata para aqueles dispostos a entrar na tendência da renda variável no Brasil”, comentaram Telles, Tanganelli e Garcia, em relatório enviado aos clientes.

O UBS e o Credit Suisse mantiveram recomendação de compra para o papel. Ambas as instituições elevaram o preço-alvo – respectivamente, R$ 58 e R$ 68

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