Ambev

Ação da Ambev volta ao radar

19 jul 2017, 13:45 - atualizado em 05 nov 2017, 13:59

O mercado ainda não incorporou a melhora do ambiente de custos da Ambev nas suas ações, avalia o Bradesco em um relatório enviado a clientes. Segundo os analistas Gabriel Lima e Ricardo França, o crescimento de 2% no custo por produto vendido (CPV) esperado para 2018 é o menor em 10 anos. Além disso, o CPV deve cair 5% no segundo semestre de 2017.

“O alívio de custo que deve começar no terceiro trimestre de 2017 se dá por uma combinação de um real mais forte e um preço menor de commodities (cevada e milho). Esse é o maior alívio de custo desde 2006, quando a Ambev apresentou uma deflação de 5% e uma expansão da margem de 3,5 ponto percentual para cerveja no Brasil”, explicam.

Margens

O Bradesco ressalta que a empresa está no caminho de normalizar a margem Ebitda para a média de 10 anos de 50%. A fabricante de bebidas também prepara um aumento de preços mais cedo do que o visto normalmente (no final do terceiro trimestre).

“Dado o ambiente competitivo de 2016, a companhia aumentou os seus preços apenas em outubro no último ano. Neste ano, esperamos o aumento de preços já em agosto, dado: (1) um mercado competitivo mais favorável e (2) a desaceleração da inflação, e objetivo de recuperar margem”, destaca o relatório do banco.

Ao lado disso, a Ambev tem implementado medidas para recuperar a participação de mercado em duas frentes: as garrafas retornáveis menores e melhorar os serviços. “Os competidores não puderam seguir a Ambev com as garrafas retornáveis de 300 ml e a diferença de preço das latas de alumínio deve ser reduzida no futuro”, apontam Lima e França.

A recomendação é de compra das ações, com um preço-alvo de R$ 23.