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Ação da Ambev (ABEV3) salta 6% e é destaque positivo do Ibovespa; confira projeções para o 2T22

13 jul 2022, 14:33 - atualizado em 13 jul 2022, 14:34
Ambev
A Ambev é destaque de alta do Ibovespa nesta quarta-feira (13) (Imagem: Rafael Borges/Money Times)

As ações da Ambev (ABEV3) apresentam forte alta nesta quarta-feira (13), depois que o JPMorgan elevou a recomendação de “neutra” para “overweight”.

Os papéis da cervejaria são o destaque positivo do Ibovespa. Por volta das 14h30, subiam 6,31%, a R$ 14,66. Já o principal índice da Bolsa brasileira registrava ganhos de 0,3%, a 98.567,13 pontos.

Essa é a primeira vez que a empresa recebe a recomendação de “overweight” do banco norte-americano. A atualização tem como principal motivo a expectativa de alívio nos preços das commodities, indicando ponto de virada nas margens em 2023.

De acordo com os analistas que assinam o relatório enviado a clientes nesta quarta, essa é “a peça que faltava no quebra-cabeça para um ‘upgrade’ tático”.

Na avaliação dos analistas, a empresa deve elevar os preços sem perda significativa de elasticidade ou volume.

Além disso, a demanda por cerveja no Brasil no segundo semestre deve ser sustentada por uma série de fatores, como aumento das transferências de renda para a população, Copa do Mundo e melhora do clima.

Para o JPMorgan, a competição no setor está se tornando uma preocupação secundária para a tese de investimento da companhia.

2T22

Algumas instituições já divulgaram suas estimativas para os resultados do segundo trimestre da Ambev.

O Bank of America (BofA) espera ver tendências semelhantes às do primeiro trimestre, com crescimento da receita, mas contração de margem.

A expectativa do banco é de que o faturamento da cervejaria aumente 8,5% na comparação anual, impulsionado pelas operações no Brasil e na América do Sul, que devem compensar a performance mais fraca da América Central e Caribe e do Canadá.

No mercado brasileiro, a Ambev pode ganhar participação de mercado, já que a Heineken liderou o aumento de preços no segundo trimestre, destaca o BofA.

O BofA projeta lucro líquido de R$ 1,8 bilhão e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 4 bilhões, estável em relação ao ano anterior, com 10% de crescimento orgânico.

A recomendação do banco para a Ambev é “neutra”, com preço-alvo de R$ 18.

Para a XP Investimentos, investidores não vão se animar com o balanço. Mesmo com crescimento esperado na receita líquida/hl, os custos devem seguir pesando nos resultados.

Apesar disso, a corretora prevê aumento nas vendas de cerveja no Brasil e segue otimista com as operações, à medida que o on trade (bares e restaurantes) continua se recuperando e a Copa do Mundo se aproxima.

O Itaú BBA tem expectativas semelhantes às da XP. A instituição projeta uma dinâmica de receitas melhor que o esperado para as operações no Brasil, mas margem Ebitda ainda pressionada.

A lucratividade da Ambev no segundo trimestre também deve decepcionar, com os preços elevados das commodities comprimindo as margens brutas, acrescenta.

“Estimamos uma compressão da margem Ebitda consolidada de 1,3 ponto percentual ano a ano”, diz o BBA.

A instituição tem recomendação de market perform (desempenho esperado em linha com o mercado) e preço justo ao fim de 2022 de R$ 18 para as ações da Ambev.

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