Ação da AES Tietê tem risco reduzido com novo investimento em energia eólica, diz Credit Suisse
O Credit Suisse retomou a tese de investimentos da AES Tietê (TIET11) após incorporar os resultados do segundo trimestre de 2020 e as aquisições eólicas mais recentes.
Na semana passada, a companhia comunicou ao mercado que comprou as ações das sociedades que compõem os parques do Complexo Eólico Ventus (Brasventos Eolo (antigo Rei dos Ventos 1), Rei dos Ventos 3 e Miassaba 3) pelo valor total de até R$ 650 milhões.
Clarissa Sadock, Diretora Vice-Presidente e de Relações com Investidores da AES Tietê, afirmou que a aquisição está alinhada à estratégia de crescimento e diversificação da empresa, bem como à potencial criação de um cluster eólico no Rio Grande do Norte, uma das regiões de melhores ventos do país.
Por ora, o Credit Suisse reforçou a recomendação neutra para a ação, com preço-alvo em 12 meses de R$ 16,40, por ver que o ativo ainda está sendo negociado a uma taxa interna de retorno real de 6,5% (mais caro do que os pares Cesp (CESP6) e Engie Brasil (EGIE3)).
A analista Carolina Carneiro destacou, no entanto, que desenvolvimentos adicionais no Complexo Eólico Tucano, localizado na Bahia, e novas aquisições no segmento de energias renováveis podem desbloquear um novo valor para a AES Tietê.
“Com um nível maior de contratos (80% incluindo os novos parques), acreditamos que um fluxo de dividendos de 7% parece mais crível”, acrescentou.
A AES Tietê encerrou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de R$ 119 milhões, alta de 235,7% em relação ao mesmo intervalo de 2019.
O Ebitda atingiu R$ 275,6 milhões, tendo crescido 21,8% no comparativo anual. Já a receita líquida caiu 2%, para R$ 475,2 milhões.