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Ibovespa futuro e dólar têm dia fraco; Vale (VALE3) deve barrar otimismo no mercado local

27 abr 2023, 9:17 - atualizado em 27 abr 2023, 9:17
B3 Ibovespa 56
Dólar e Ibovespa têm dia fraco (Imagem: Facebook/B3)

O Ibovespa futuro abriu a sessão desta quinta-feira (27) em alta de 0,14%, aos 104.350 pontos. Porém, logo após a abertura, passou a figurar do lado negativo, com queda de 0,12%. Já o dólar abriu o pregão de hoje em baixa de 0,22%, cotado a R$ 5,0323.

Em Nova York, os índices acionários operam em alta repercutindo a divulgação de fortes resultados por parte das Big Techs e à espera do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.

Os investidores aguardam a publicação da primeira leitura do PIB dos EUA no primeiro trimestre, a fim de observar os impactos da política contracionista do Federal Reserve (Fed) e da crise no sistema bancário, diz a Terra Investimentos. Além disso, a aprovação do projeto que expande o teto da dívida pública no país alivia parte das preocupações dos investidores nesta manhã.

Às 8h35, os futuros de Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq avançavam 0,42%, 0,57% e 0,93%, respectivamente.

Se por um lado a dinâmica mais favorável vinda do exterior sugere apreciação dos ativos locais, por outro, o resultado pior do que o previsto para a Vale (VALE3) — que representa quase 15% do Ibovespa — pode reduzir o ímpeto de alta, alerta a Ágora.

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Agenda do dia

Hoje, segundo analistas da Guide, uma agenda econômica de peso no exterior auxilia na calibragem das expectativas com os juros nos EUA, com destaque para as divulgações do PIB e dos pedidos semanais de auxílio-desemprego.

O PIB sai junto com os dados trimestrais de consumo e, consequentemente, com a variação do deflator do preços de gastos com consumo (PCE) no período.

No Brasil, o mercado recebe o IGP-M de abril e os números da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) antes da abertura, que podem movimentar os juros, enquanto investidores digerem o balanço da Vale na temporada do 1T23, avalia a Guide.

O mercado também deve reagir à vitória do governo no Superior Tribunal de Justiça, que ao cortar benefícios de ICMS pode gerar um aumento de arrecadação de até R$ 90 bilhões. A expectativa com a decisão derrubou varejistas ontem (26), e a confirmação da ação deve manter o setor pressionado, explicam os analistas.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.