Mercados

O peso do arcabouço fiscal no Ibovespa: Índice futuro amanhece em território negativo

24 maio 2023, 9:10 - atualizado em 24 maio 2023, 14:06
B3 Ibovespa dólar
Ibovespa deve repercutir aprovação do novo arcabouço fiscal hoje (Imagem: Facebook/B3)

O Ibovespa futuro abriu a sessão desta quarta-feira (24) em queda de 0,16%, cotado aos 110.900 pontos. O mercado local deve repercutir a aprovação com ampla maioria do novo arcabouço fiscal na Câmara no dia. 

Na abertura, no entanto, o futuro do Ibovespa segue a mesma direção dos indicadores norte-americanos, que recuam com as negociações sobre teto da dívida dos Estados Unidos no radar.

Além disso, investidores ficam atentos ao discurso de Janet Yellen, secretária do Tesouro americano, e à divulgação da Ata do FOMC, que deve sinalizar os próximos passos da política monetária do Federal Reserve.

Em Nova York, os futuros de Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuavam 0,33%, 0,35%, 0,41%, respectivamente, às 08h30.

O dólar também iniciou o pregão de hoje em baixa de 0,27%, valendo R$ 4,9581. A moeda corrige os ganhos dos últimos pregões, diz a Terra Investimentos.

O arcabouço fiscal aprovado

A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (23), por ampla maioria, o texto-base do novo arcabouço fiscal. O projeto introduz um limite de gastos para despesas primárias corrigido anualmente pela inflação mais 70% da variação real das receitas.

Além disso, estabelece gatilhos automáticos para controlar os gastos caso o governo não alcance as metas de resultado primário definidas na lei de diretrizes orçamentárias.

O relator fez pequenas alterações ao não fixar para o primeiro ano um crescimento pré-definido para o limite de gastos, mas permitiu que o governo aumentasse esse limite para até 2,5% se, na execução orçamentária do próximo ano, a estimativa de receita for superior à um definido na lei orçamentária de 2024.

Segundo a XP Investimentos, a mudança não tem efeito prático já que medidas de aumento de arrecadação como a volta do PIS/Cofins sobre os combustíveis serão suficientes para permitir ao governo elevar o limite em 2,5% em 2024 e 2025.

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