Dólar busca recuperação após perder os R$ 5,10 e Ibovespa futuro opera sem forças
O Ibovespa futuro abriu esta quinta-feira (26) em queda de 0,12%, cotado aos 115.150 pontos. O mercado segue cauteloso quanto ao cenário fiscal brasileiro e acompanha as declarações do governo.
Na quarta-feira (25), o índice futuro fechou com valorização de 1,22%, valendo 115.290 pontos.
Ainda nesta manhã, o dólar operava em alta de 0,19%, cotado a R$ 5,0832. Na véspera, a moeda era vendida a R$ R$ 5,08, o menor valor de fechamento desde 4 de novembro do ano passado.
Ontem, o dólar fechou o dia em queda, estendendo perdas das últimas duas sessões, novamente influenciado pela entrada de recursos estrangeiros no Brasil, segundo agentes financeiros.
Mercados hoje
O Ibovespa (IBOV) ignorou o pregão lateral ontem em Nova York e fechou em alta de 1,1%, já na faixa dos 114 mil pontos. O apetite do investidor estrangeiro segue ávido por ativos brasileiros. Não só ontem, como nas últimas sessões, é o gringo que tem dado ritmo ao Ibovespa. O fluxo externo na B3 está forte, a ponto dos estrangeiros realizarem a maior saída diária de recursos do ano, um dia após aportarem o maior ingresso diário de 2023.
No acumulado do mês – e, portanto, do ano – o saldo de capital externo entre as ações listadas na B3 é positivo em pouco mais de R$ 7 bilhões. Essa entrada tem reflexo no dólar, que ontem fechou no menor valor desde novembro, abrindo o debate sobre furar a marca de R$ 5,00.
Enquanto isso, os investidores locais (pessoas físicas e institucionais) já retiraram, juntos, mais de R$ 6 bilhões da bolsa. A diferença é que os locais continuam pessimistas em relação ao Brasil. Fato é que o local precisa aprender com os estrangeiros a não ter “viés político” nos negócios nem a ser emocional com as ações.
*Com Olívia Bulla e Reuters