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Dólar busca fôlego para não perder os R$ 5 de novo; Ibovespa futuro opera no vermelho

03 fev 2023, 9:06 - atualizado em 03 fev 2023, 9:06
B3 Ibovespa 56
Ibovespa futuro recua e dólar sobe na abertura desta sexta-feira (Imagem: Facebook/B3)

O Ibovespa futuro abriu esta sexta-feira (3) em queda de 0,72%, cotado aos 109.600 pontos. Na véspera, o índice futuro fechou com desvalorização de 2,04% valendo 110.400 pontos.

Hoje, o mercado acompanha os dados sobre o emprego nos Estados Unidos. Além disso, segue de olho nas movimentações de Lula, que voltou a fazer preço nos ativos locais.

Ainda nesta manhã, o dólar operava em alta de 0,97%, cotado a R$ 5,0995. Na quinta-feira (2), a divisa era vendida a R$ 5,04.

No fechamento de ontem, a moeda se recuperou depois de ter sido negociada abaixo do nível de R$ 5 pela primeira vez em quase oito meses, mais ainda fechou no menor patamar desde agosto. A queda veio depois que uma nova desaceleração no ritmo de aperto monetário nos EUA e a sinalização de juros elevados por mais tempo no Brasil pintaram um quadro de diferencial de taxas favorável à divisa doméstica.

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Mercados hoje

Ibovespa fecha Super Semana com Lula e payroll no radar

O Ibovespa (IBOV) encerra hoje uma semana de tirar o fôlego dos investidores. Os balanços decepcionantes das big techs abrem o dia, após AppleAmazon Alphabet (dona do Google) serem castigadas no after hours em Nova York.

A sexta ainda reserva dados sobre o emprego nos EUA. O payroll deve calibrar as expectativas em relação ao Federal Reserve, com os mercados ignorando as palavras duras (“hawkish”) de Jerome Powell e apostando em cortes nos juros ainda neste ano. Porém, isso depende de um mercado de trabalho menos robusto, sendo que nem mesmo o tsunami de demissões em empresas de tecnologia foi sentido na economia.

Ainda durante o pregão da véspera (2), o Ibovespa foi abalado pela mensagem do presidente Lula ao Congresso. Nela, o novo governo deixou claro que se opõe à privatização da Eletrobras e traçou os planos para a Petrobras sobre a política de preços dos combustíveis e autossuficiência em petróleo.

*Com Olívia Bulla e Reuters