AgroTimes

Abrafrigo: Exportações de carne bovina recuam 20% em março; receita cai 37%

11 abr 2023, 18:04 - atualizado em 11 abr 2023, 18:04
Carne bovina
O recuo dos embarques aconteceu em função do embargo da carne bovina com destino à China após um caso atípico de “mal da vaca louca” (Imagem: Shutterstock/ASA studio)

As exportações brasileiras de carne bovina in natura e processada totalizaram 162,8 mil toneladas em março, uma queda de 20% em relação ao mesmo mês do ano passado. Quanto ao faturamento, houve queda de 37%, para US$ 709,4 milhões. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior, compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

O recuo dos embarques aconteceu em função do embargo da carne brasileira com destino à China, que durou um mês, após um caso atípico de “mal da vaca louca”. Além do bloqueio nos embarques, a queda nos preços médios de exportação contribuiu para o resultado registrado em março.

O preço médio de exportação da carne bovina em março deste ano foi de US$ 4.537 por tonelada, queda de 21,15% em relação a março de 2022, quando o preço médio era de US$ 5.525 por tonelada.

Exportações de carne bovina no 1T23 e principais destinos

De janeiro a março, a receita com as exportações totalizou US$ 2,255 bilhões, enquanto no ano passado, no mesmo período, a receita foi de US$ 2,895 bilhões, representando uma queda de 22%.

O volume de movimentação de carne bovina também sofreu queda, passando de 542.410 toneladas no primeiro trimestre de 2022 para 498.888 toneladas no mesmo período deste ano, uma queda de 8%.

A China, principal destino das exportações brasileiras, representou no primeiro trimestre de 2023 receita de US$ 1,118 bilhão e a movimentação de 228.235 toneladas, respectivamente queda de 28,2% na entrada de divisas e de 7,1% no volume.

Na segunda posição, os Estados Unidos reduziram suas compras: a receita caiu de US$ 356,6 milhões no ano passado, para US$ 254,5 milhões em 2023. A movimentação, por sua vez, diminuiu de 69.799 toneladas para 57.990 toneladas.

O Chile ficou em terceiro lugar, com receita de US$ 90,9 milhões neste ano, contra 91,1 milhões em 2022 (recuo de 0,2%), e movimentação de 19.259 toneladas, contra 18.679 toneladas no ano passado, avanço de 3,1%.

Em quarto lugar ficou o Egito, com queda na receita do trimestre de US$ 167,6 milhões em 2022 para US$ 77,6 milhões em 2023, queda expressiva de 53,7%. No volume, a queda foi de 43.706 toneladas para 22.150 toneladas, recuo de 49,3%.

Na quinta posição ficou Hong Kong, com diminuição na receita de US$ 93,4 milhões no ano passado para US$ 76,4 milhões neste ano (queda de 18,2%) e na movimentação, de 26.390 toneladas em 2022 para 24.856 toneladas em 2023, recuo de 5,8%.