Moedas

Abaixo de R$ 4,80: Procura por dólar despenca em casa de câmbio; veja moeda mais procurada

25 jun 2023, 12:00 - atualizado em 23 jun 2023, 17:45
Dólar
Mesmo abaixo de R$ 5, dólar comercial foi desbancado em maio por outra moeda em casa de câmbio e demanda despencou (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

O dólar à vista está abaixo de R$ 4,80, na menor cotação em um ano, mas a procura pela moeda norte-americana não está tão aquecida como se imagina. Ao menos em uma casa de câmbio.

Segundo o levantamento da Travelex Confidence, a procura por dólar despencou 16% em maio. Em contrapartida, em abril, quando a moeda ficou abaixo do patamar de R$ 5,00, a demanda cresceu 14% na comparação com março.

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Euro toma liderança de dólar

Com isso, o dólar perdeu o posto de moeda mais procurada no mês passado para o euro. A demandar avançou 13%, praticamente o dobro do observado em abril, quando a procura aumentou 7%.

A Travelex diz que o volume movimentado da divisa da zona do euro em maio superou as médias de operações realizadas antes da pandemia de covid-19.

Entretanto, na comparação com maio de 2022, tanto o dólar americano quanto o euro exibiram retração, de 12% e de 14%, respectivamente.

Procura por outras moedas

O levantamento também destacou a procura por libra esterlina no mês passado, que cresceu 8% na contramão de abril, quando caiu 7%. Contudo, na comparação com um ano antes, a procura despencou 27%.

Para o diretor da Travelex, Jorge Arbex, enquanto os bancos centrais Europeu (BCE) e da Inglaterra (BoE) seguem enfrentando dificuldades com o cenário inflacionário, mantendo juros mais elevados, nos Estados Unidos há uma indicação de que o ciclo de alta de juros está chegando ao fim.

“Esse cenário internacional favorece o Brasil, aliado à tendência de melhora nos indicadores internos do país. O que anima o investidor estrangeiro a alocar mais capital aqui, fazendo nossa moeda valorizar enquanto o dólar enfraquece”, comenta.

O dólar canadense foi a quarta divisa mais operada na Travelex, com aumento de 7% em maio na comparação com abril.